POLÍCIA CIVIL PROMOVE AÇÃO DE CIDADANIA NO FURO DO CARNAPIJÓ

Neste sábado (18) a Polícia Civil promoverá uma ação de cidadania na comunidade São João, no furo do Carnapijó, região da Ilha das Onças. Está prevista a expedição de 200 carteiras de identidade aos moradores, na Escola Municipal Bom Jesus, a partir das 09h. Além da comunidade São João serão beneficiados moradores de outras comunidades, como dos furos do Trambioca e Laranjeira. A atividade faz parte da operação "Carnapijó", iniciada em 18 de maio passado, com o objetivo de coibir crimes ambientais e ações dos chamados "piratas" - assaltantes que agem na região ribeirinha.
Comunidade avalia positivamente operação "Carnapijó" na região das ilhas
BASE MÓVEL
Registros de ocorrênciasA comunidade conta com 33 famílias, que sobrevivem basicamente da extração de açaí e cacau, e da pesca. Para o extrativista Dailson Costa, 32 anos, que mora na ilha desde criança, a base de policiamento fluvial na região chegou na hora certa. “A segurança melhorou bastante após a presença da base aqui. Para nós, isso é um fato histórico, pois jamais tivemos as presenças das polícias junto com a Marinha para combater a pirataria e atender a comunidade ribeirinha”, ressaltou.

Embarcações usadas na operaçãoSegundo Fernando Gomes de Souza, que reside na região do rio Mandii, na ilha das Onças, a instalação da base na área já trouxe mais tranquilidade à população ribeirinha. “Não soubemos de mais nenhum caso de pirataria na região”, informou. A mobilização da comunidade para acompanhar a operação na região das ilhas foi feita pela Assessoria de Relações Interinstitucionais (Arin) da Polícia Civil. Segundo a assessora da Arin, Waldenize Braga, 35 comunidades da região das ilhas estão cadastradas na Assessoria, entre elas as das Ilhas das Onças, Laranjeiras e do Maracujá.

A Arin tem buscado parcerias para resolver as demandas apresentadas pelos ribeirinhos, como atendimentos de saúde e na área de emprego e renda.

Dailson CostaGraças à aproximação com a comunidade, a Polícia Civil levou a operação até a região para atender a demanda por segurança pública, principalmente no combate aos crimes cometidos pelos “piratas”. Ainda de acordo com a assessora, a Marinha doará à comunidade 35 bolsas para curso de pilotagem, requisito obrigatório para obtenção da carteira de barqueiro.

Resultados - Após quase um mês instalada na comunidade São João, a operação “Carnapijó” já obteve resultados positivos, avaliou o diretor de Polícia Especializada, delegado João Bosco Rodrigues Júnior, responsável pela coordenação do trabalho policial. Deflagrada em conjunto pelas Polícias Civil e Militar, e pela Marinha do Brasil, por meio da Capitania dos Portos, a operação acontecerá até domingo (19).

Fernando Gomes de SouzaA comunidade conta com uma base móvel denominada “Balsa Anaconda”, da Capitania dos Portos. No local, estão presentes homens das Polícias Civil e Militar, e da Marinha. Na base a comunidade pode registrar boletins de ocorrência. As instituições policiais realizam também abordagens em embarcações de transporte de cargas e passageiros, para verificar crimes ambientais e fiscalizar o tráfego de barcos em situação irregular. “O objetivo principal é combater a ação de criminosos na região, em especial daqueles que roubam embarcações e cometem outros crimes contra a população que vive nas ilhas próximas às cidades de Belém, Barcarena e Abaetetuba”, explicou o delegado.

Na semana passada, informou ele, a Capitania dos Portos impediu o tráfego de uma embarcação com superlotação e autuou o comandante. Mais seis pessoas foram autuadas por delitos diversos, como crimes ambientais, durante a operação.

Uma das ações resultou nas apreensões de duas embarcações que transportavam mais de 300 quilos de carne bovina, 43 quilos de carne suína, 13 quilos de carne de carneiro, além de 33 quilos de peixes ornamentais, na madrugada do último dia 13, em um porto em frente à Baia do Guajará. A carga não tinha documentação necessária à comercialização.

O trabalho foi realizado pela Delegacia do Consumidor (Decon) com apoio da Polícia Fluvial. Seis pessoas foram presas e encaminhadas à Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe), em Belém. O dono dos peixes foi enviado à Divisão Especializada em Meio Ambiente (Dema), para ser autuado. A operação atendeu denúncias feitas pelo Ministério Público (MP) e pela Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará).

Na operação “Carnapijó” as forças policiais contam com um efetivo de 18 agentes, além das embarcações “Anaconda”, e três lanchas, duas da Polícia Civil e outra da Capitania dos Portos. Além de levar segurança à população ribeirinha, policiais da Dema, Divisão Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data) e Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) ministraram palestras e apresentaram trabalhos preventivos e educativos aos ribeirinhos sobre temas como violência doméstica, poluição das águas, Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e prevenção ao uso de drogas.

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