TENTATIVA DE GOLPE EM VESTIBULAR ERA INVESTIGADA HÁ DOIS MESES
O Centro Universitário do Pará (Cesupa) e a Polícia Civil apresentaram, no final da manhã desta segunda-feira (14), informações mais detalhadas sobre as investigações que culminaram nas prisões e flagrante de oito pessoas envolvidas em um esquema fraudulento. Sete delas se passaram por candidatos devidamente inscritos no processo seletivo da universidade ocorrido ontem para tentar fazer a prova, mas o golpe foi descoberto pelo Centro. As informações foram prestadas, em entrevista coletiva a jornalistas, no campus de Direito do Cesupa, na Avenida Alcindo Cacela, bairro de Nazaré. Participaram o vice-reitor da universidade, Sérgio Mendes; e os delegados Rogério Morais, da Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe), e Cláudio Galeno, diretor do Núcleo de Inteligência Policial da Polícia Civil.
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PRESOS |
Além de Gilson, foram presas Verônica da Silva, 23 anos; Sthepanny Silva, 22; Anna Carla Souza, 18; Déborah Gonçalves, 19, e Ana Carla Vieira, 20, e presos Gustavo Lima, 23, e Tiago Fernandes, 20. Eles foram presos em quatro locais de prova diferentes por 20 policiais civis disfarçados de fiscais. Os policiais ficaram acompanhando os passos dos falsários desde a chegada deles à capital do Pará até o momento das provas. Todos usaram carteiras de identidade com suas fotos, porém com os nomes dos candidatos, chegando a assinar a folha de presença ao entrar em sala.
Os presos foram enquadrados por falsidade ideológica, formação de quadrilha, falsificação e uso de documentos públicos falsos, e falsa identidade. Titular da Delegacia de Ordem Administrativa (DOA), da Dioe, o delegado Rogério Morais enfatizou que as investigações irão prosseguir e que os candidatos também serão enquadrados nos mesmos crimes. Sérgio Mendes, do Cesupa, garantiu que o processo seletivo da universidade não será anulado, pois não houve qualquer fraude nas provas, bem como os falsos candidatos foram identificados antes de começar a responder as questões.
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