CONCLUSÃO DE INQUÉRITO: MENINO KELVYS ESTAVA MORTO DURANTE VELÓRIO EM COTIJUBA

A Polícia Civil divulgou hoje o relatório final do inquérito policial instaurado para apurar a causa da morte de Kelvys Simão dos Santos, de dois anos. As perícias mostraram que a criança já estava morta desde as 19h40, do dia 1º de junho deste ano, quando chegou a dar entrada no Hospital Abelardo Santos, distrito de Icoaraci, em Belém, vinda transferida do distrito de Cotijuba, região insular de Belém, onde residia com os pais. A morte foi causada por insuficiência respiratória e broncopneumonia. O caso ganhou repercussão depois que os pais e outras pessoas terem declarado à Imprensa que, durante o velório em Cotijuba, Kelvys teria acordado, sentado no caixão e pedido água. Ainda, segundo os relatos, a criança teria apresentado sinais de vida, como pulsação, e espasmos. 
DELEGADO ROGÉRIO MORAIS DURANTE ENTREVISTA
Em entrevista coletiva a jornalistas, na sede da Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe), da Polícia Civil, no centro da capital, o delegado Rogério Morais, responsável pelo inquérito policial, divulgou o relatório final das investigações do caso. Em declaração prestada aos repórteres, o policial civil afirmou: "Não há dúvidas quanto ao horário da morte do garoto. As informações obtidas nos depoimentos e através do laudo de exumação cadavérica, não deixam dúvidas. Kelvys estava morto desde às 19h40, no Hospital Abelardo Santos”, afirma. O delegado explicou que o inquérito é formador por termos de declarações registradas durante depoimentos, laudos das perícias produzidos por peritos criminais do Centro de Perícias Científicas "Renato Chaves", além de documentos solicitados ao Hospital Abelardo Santos e Posto de Saúde de Cotijuba, locais onde a criança foi atendida. 

Cerca de vinte relatos foram coletados durante o inquérito. Segundo o policial civil, um saco cadavérico idêntico ao usado durante o transporte do corpo da criança de Icoaraci até à ilha de Cotijuba, para ser velado, também foi periciado. Os peritos atestaram que seria impossível alguma sobreviver por 4 horas, tempo desde a liberação do corpo até a chegada para velório, dentro de um saco como esse. Ainda, durante o inquérito, foi solicitada à Justiça a exumação do corpo da criança, no cemitério de Cotijuba, contudo, o laudo da exumação não ajudou muito as investigações devido ao estado de decomposição do cadáver. O delegado destacou as declarações dadas pelo avô da criança bastante esclarecedoras e determinantes para a conclusão do inquérito. Ele relatou aos peritos ter visto uma mancha em tom arroxeado nas costas da criança quando o corpo já estava no caixão. 

Essa mancha revela que não havia batimentos cardíacos e, portanto, a criança estava morta. As perícias abordam ainda o momento em que, supostamente, a criança teria acordado, sentado no caixão e pedido água. O corpo apresentou espasmos que foram motivados por recebimento de oxigênio durante a nebulização (processo por meio de um aparelho nebulizador, que consiste na introdução de medicamentos inaláveis (via nasal) diretamente no aparelho respiratório - pulmões e brônquios) no hospital. Em decorrência disso, o corpo teve uma reação, repelindo gases. Com isso, acreditando que a criança teria acordado, os pais e outras pessoas sentaram o corpo no caixão, gerando esmagamento do estômago. Diante dos resultados, o inquérito encerra-se sem indiciamento de pessoas. Tudo será encaminhado ao Ministério Público Estadual para posterior apreciação do Sistema Judiciário.

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