PRESO AUTOR DE ASSASSINATO NO CURUÇAMBÁ EM ANANINDEUA
Uma operação conjunta de policiais civis da Divisão de Homicídios (DH), junto com policiais militares e civis do Conjunto Paar, em Ananindeua, Grande Belém, localizou, nesta terça-feira, 28, o policial militar aposentado, Jorge Jesus da Silva, de 43 anos. Em depoimento, ele confessou ser o autor do assassinato de um homem encontrado decapitado e com as duas mãos separadas do corpo, no último dia 23, no bairro do Curuçambá, naquele município. A vítima, segundo o acusado, é o seu sobrinho Iran Diego Pinheiro Araújo, 27 anos. O suspeito já foi transferido para o Presídio Coronel Anastácio das Neves, no distrito de Americano, em Santa Izabel do Pará, após ter o mandado de prisão preventiva decretado pela Justiça.
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A localização do suspeito foi feita por policiais civis, coordenados pelos delegados Lenoir Cunha, da DH, e Daniela Sousa, diretora da Seccional do Paar, em conjunto com a guarnição formada pelo cabo Elimar e soldado Andreza, do Paar.
Ex-soldado, Jorge Jesus conta que foi aposentado em 2004, após ter sido atingido na cabeça por um tiro, durante uma emboscada, em Xinguara, no sul do Pará. Na época, ele atuava no Comando de Operações Especiais (COE), da Polícia Militar. Jorge conta ser “sniper” (atirador de elite); ser paraquedista e ter curso de sobrevivência na selva. Em depoimento, Jorge contou que matou o sobrinho após a vítima ter confessado o assassinato da própria mãe, Irani Pinheiro Araújo, irmã do suspeito.
O crime teria ocorrido no dia 23, por volta de 17h. Nesse dia, segundo relato do suspeito, Iran teria vindo até a casa do suspeito para matá-lo. Teria dito ainda, segundo Jorge, que matou também os dois irmãos Frank Jander Pinheiro Araújo e Régia Cristine Pinheiro Araújo. “Ele disse que tinha voltado para acabar com o resto. O resto seria o suspeito”, apurou o delegado Lenoir Cunha, conforme depoimento de Jorge. Após isso, Iran teria sacado um terçado e atacou Jorge, que teria sido ferido nas costas pela vítima. Para se defender, Jorge alegou ter pego uma faca, do tipo “comando”, que tinha em casa, e passou a golpear o sobrinho, que ainda gritou que não iria morrer.
Depois, pegou uma corda e fez um nó tipo forca e colocou no pescoço de Iran, passando a estrangulá-lo. Em seguida, com a faca comando aplicou dois golpes no peito e no pescoço da vítima para matá-la.
Por fim, contou o suspeito que armou-se com um terçado e, com apoio de uma marreta, passou a golpear a garganta da vítima, até decapitá-la. E ainda decepou as mãos de Iran. Ex-policial militar alegou, em depoimento, que manteve o corpo em sua casa, até as 04 horas da madrugada, do dia seguinte (24), até conseguir um carrinho de mão para retirar o cadáver do local.
Ele disse ainda ter decapitado o sobrinho para que ele não pensasse, e tirou as mãos dele para que não pudesse mais usá-las, já que “foi com a cabeça que pensou para tirar a vida de sua irmã, e as mãos para executá-la”. Jorge enrolou o corpo em uma rede e colocou a cabeça e mãos em um isopor ungido com sal e óleo para, segundo ele, afastar espíritos maus do corpo de Iran. Depois colocou tudo em um carrinho de mão e abandou em um terreno baldio. Durante a operação, as equipes policiais localizaram, na casa do suspeito, o carrinho de mão, a rede e a faca usados no crime. Os objetos foram apreendidos e levados para perícia no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves.
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