"SAIDINHA BANCÁRIA": É POSSÍVEL EVITÁ-LA? AQUI, ALGUMAS DICAS.

Em tempos de ações criminosas, cada vez mais audaciosas, é válido tomar as chamadas medidas preventivas para evitar, ou pelo menos, minimizar os riscos de ser vítima de assaltantes. Uma das modalidades de crimes que mais vem chamando a atenção é a chamada “saidinha bancária”. Trata-se daquele tipo de assalto em que bandidos apelidados, no jargão policial, de “olheiros”, passam um bom tempo rondando estabelecimentos comerciais, como bancos e casas lotéricas, para observar clientes que fazem saques de alto valor. Nos bancos, os “olheiros” fingem fazer alguma operação bancária enquanto observam os clientes dentro do banco. Depois, repassam as informações aos comparsas por telefonema ou por envio de mensagem de texto por celular. Os comparsas, por sua vez, ficam sempre do lado externo do banco aguardando a saída da vítima. Geralmente, são dois homens em uma moto. Na fuga, para despistar os policiais, é comum ser usado um carro. 

A maior parte das pessoas é atacada quando está distante da agência. Dados recentes da Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (Siac), da Secretaria de Segurança Pública do Pará, mostram que, num comparativo do quadrimestre de 2011 com o mesmo período de 2012, houve redução de 35,20% em todas as regiões do Estado, desse tipo de ocorrência. No ano passado, foram 125 ocorrências registradas. Neste ano, nos primeiros quatro meses, o número caiu para 81 ocorrências. A análise estatística feita pela Siac mostra também que as ocorrências aconteciam principalmente nas terças e sextas-feiras, das 10 às 14h. A Região Metropolitana de Belém apresentou redução de 11,11% no número de “saidinhas”. No interior do Estado, o número foi bem mais expressivo, com queda de 48,75% nos registros policiais relacionados a esse tipo de crime. 

COMO EVITAR A "SAIDINHA BANCÁRIA"
No sudeste paraense, por exemplo, nos primeiros quatro meses do ano passado foram contabilizados 25 registros. No mesmo período deste ano, o número de ocorrências caiu para três registros. “São números expressivos que demonstram a eficiência das medidas de segurança”, assegurou Antônio Farias, titular da Siac. Ele destaca que a redução dos índices se deve a dois fatores. O primeiro é o desempenho satisfatório das ações preventivas desenvolvidas pelas agências bancárias, em cumprimento à determinação da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), para proibição do uso de celular dentro das agências e a colocação de biombos próximos aos caixas. O Banco do Estado do Pará (Banpará) foi uma das primeiras instituições financeiras a adotar medidas de segurança para evitar esse tipo de ocorrência. 

Além da proibição do uso de aparelhos celulares nas agências, as barreiras físicas são colocadas para que a privacidade do cliente fique assegurada. Dessa forma, quem está na fila não pode enxergar a transação bancária que está sendo feita no caixa ou nos terminais eletrônicos. O outro fator se refere à população que adotou alguns procedimentos no que diz respeito às quantias e aos cuidados para evitar esse tipo de abordagem por criminosos. Pesquisa realizada pela Febraban em agências bancárias de todo o Brasil sobre o número de “saidinhas” no primeiro trimestre deste ano, em comparação ao mesmo período de 2011, 85% das ocorrências se concentraram nas instituições financeiras que ainda não instalaram biombos. 

Para o delegado Samuelson Igaki, da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), da Polícia Civil do Pará, o uso de biombos em agências bancárias já contribuiu para reduzir em 50% o índice de ocorrências de assaltos, do tipo “saidinha bancária”, no Estado. Para ela, deve haver uma somatória de esforços entre as instituições bancárias, clientes e agentes de Segurança Pública. Os clientes devem evitar fazer saques de altas quantias em dinheiro, de uma vez só. “Hoje, existem diversos meios eletrônicos, como TED’s, DOC’s e cheques administrativos, que o cliente deve utilizar, ao invés de sacar altas quantias em dinheiro”, detalha. Igaki ressalta que o cliente também deve observar a movimentação na agência. “E, se por acaso, tiver de sacar uma alta soma em dinheiro, não sair da agência sozinho, no mínimo, com duas pessoas, o que dificulta mais o crime”, orienta. 

Aqui, algumas dicas de prevenção da “saidinha bancária”: 

- Dê preferência a transações eletrônicas como DOC, TED, transferência via telefone ou internet, evitando, assim, fazer saques de grandes quantias em espécie; 

- Se precisar fazer saques de valor alto, evite contar o dinheiro em locais públicos ou muito visíveis. Caso haja necessidade, verifique se o banco possui salas reservadas para este fim (muitos bancos têm salas especificamente para retirada de dinheiro de forma muito discreta e sigilosa.); 

- Se desloque ao banco sempre acompanhado e evite fazer comentários com pessoas estranhas, mesmo as que estiverem muito bem vestidas; 

- Se perceber que está sendo observado por alguém dentro da agência, fale com algum funcionário do banco ou com os seguranças; 

- Mude sempre os trajetos e os horários para ir ao banco e desconfie das pessoas que passam muito tempo no banco sem buscar atendimento ou realizar alguma operação. 

- Após a saída do banco, procure ser discreto; 

- Caso perceba que está seguido por alguém, entre em alguma loja movimentada e ligue para a Polícia através do número 190.

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