GOLPISTAS PRESOS EM SÃO PAULO ESTÃO EM PRESÍDIOS NO PARÁ

Os sete integrantes da quadrilha de golpistas presos por policiais civis do Pará e de São Paulo, na cidade de Praia Grande, litoral sul paulista, na quarta-feira passada, já estão recolhidos em presídios na Região Metropolitana de Belém. Após prestar depoimentos, no dia de ontem, à delegada Beatriz Silveira, diretora da Delegacia de Repressão aos Crimes Tecnológicos (DRCT), do Pará, os acusados foram conduzidos para casas penitenciárias. A estimativa é que os crimes cometidos pelos golpistas tenham rendido mais de R$ 1 milhão e feito centenas de vítimas em todo o Brasil.

As quatro mulheres presas -  Luciana Alves dos Santos, 28 anos, carioca; Bruna Fernanda Xavier, 27, paulista; Rosana Alves Pereira, 35, paulista, e Adriana Célia Leal, 40, paulista - estão recolhidas no presídio do Centro de Reeducação Feminino (CRF), no bairro do Coqueiro, em Ananindeua, na Grande Belém. 

LUCIANA ALVES DOS SANTOS: "DOUTORA MARIA HELENA"
ROSANA ALVES PEREIRA: "DOUTORA ANA LAURA"
ADRIANA CÉLIA LEAL
BRUNA FERNANDA XAVIER: "DOUTORA PATRÍCIA"
Dentre os homens, o paulista Hélio Aparecido Teixeira de Campos, 47 anos, foi conduzido para o presídio estadual "Coronel Anastácio das Neves", no distrito de Americano, no município de Santa Izabel do Pará, por ser ex-agente da Polícia Civil de São Paulo, já que a penitenciária é específica para recolher policiais e ex-policiais na condição de presos de Justiça. Os outros dois presos Edgard dos Santos Júnior, 29, paulista, e João Garcia Sá, 51, paulista, foram levados para outros presídios. 

HÉLIO APARECIDO TEIXEIRA DE CAMPOS: "DOUTOR RENATO"
JOÃO GARCIA SÁ
EDGARD DOS SANTOS JÚNIOR: ARRANJAVA AS CONTAS
Todos os mais de 40 cadastros, com nomes de supostas vítimas dos golpistas, além de outros objetos apreendidos, estão à disposição da Justiça. Tudo passará por perícia.

GOLPE Durante as investigações, a Polícia Civil do Pará verificou que a prática criminosa era cometida a partir de um imóvel usado como escritório de advocacia, sediado em Praia Grande (SP). Do local, partiam as ligações dos golpistas que se passavam por advogados. Ao receber as cartas enviadas, as vítimas eram orientadas no documento a entrar em contato com dois números telefônicos, com DDD do Estado de São Paulo. Nos telefonemas, as pessoas conversavam com os golpistas que se passavam por advogados, de nomes falsos Ana Paula e Renato, responsáveis em acompanhar o processo para liberação das indenizações. Os falsos advogados informavam às vítimas que haviam lhes enviado correspondência com ofício informando que a pessoa teria direito a receber um pecúlio em espécie a título de seguro.

A quantia deveria ser depositada em uma conta corrente de um banco particular. As quantias verificadas, de vítimas em todo Brasil, chegam a variar de R$ 75 mil a R$ 280 mil. As vítimas depositavam o valor solicitado pelos golpistas, que desapareciam e não eram mais encontrados. A Delegacia de Repressão a Crimes Tecnológicos do Pará passou a investigar as atividades da quadrilha e, a partir das provas, obteve na Justiça do Pará as decretações das prisões do envolvidos no crime.

Para enganar as vítimas, os estelionatários se passavam por advogados e usavam nomes falsos. Hélio Aparecido Teixeira de Campos usava o nome de "Doutor Renato". Já Bruna Fernanda Xavier se identificava como "Doutora Patrícia"; Rosana Alves Pereira se identificava como "Doutora Ana Laura"; Luciana Alves dos Santos usava a identificação de "Doutora Maria Helena" e Edgard Júnior atuavam como responsável pela obtenção das contas bancárias junto a pessoas que forneciam as mesmas para o golpe, apelidadas no jargão policial de "laranjas".

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