POLÍCIA CIVIL INVESTIGA ATENTADO CONTRA ESPOSA DO DELEGADO EDER MAURO

A Policia Civil investiga o atentado contra três advogados criminalistas, ontem à tarde, no Km 62 da rodovia Alça Viária, em Acará, nordeste paraense. O carro em que estavam as vítimas foi alvejado a tiros por ocupantes de outro veículo que se emparelhou ao veículo na estrada. Ninguém ficou ferido, pois o carro, um Corolla prata, era blindado. O veículo ficou destruído. O carro pertence à família do delegado Eder Mauro Barra e era dirigido, na ocasião, pela advogada Alessandra Pereira. Os outros dois advogados são César Ramos e Rodrigo Cruz. Os três retornavam de um julgamento na 3ª Vara Criminal da Comarca de Abaetetuba, onde foram defender um homem acusado de assassinar uma pessoa no município. O nome do réu não foi divulgado pelos advogados. Ainda não se sabe a motivação do crime.

DELEGADO EDER MAURO

Para os advogados, o atentado não tem nada a ver com o fato da dona do veículo ser mulher de um delegado. Para eles, o crime tem ligação com a defesa do réu, que teria assassinado o irmão de um policial militar, que foi condenado mas ganhou o direito de apelar em liberdade. Alessandra Pereira contou que estava retornando para Belém, quando ouviu os estampidos em direção ao veículo. Os disparos foram efetuados de dentro de um Siena Vermelho. Dentro do veículo, afirmou a vítima, estavam quatro homens, todos fortemente armados. 'Estávamos retornando do julgamento. Eu dirigia o carro, o César estava do meu lado e o Rodrigo atrás. O nosso cliente seguiu em outro veículo. De repente, escutamos um barulho, pensávamos ser as pedrinhas da estrada. Mas percebemos que não. 

Eram três homens atirando e um dirigia. Eles estavam com pistola, escopeta e outra arma de forte calibre. Foi cena de filme de terror. Alguns saíam do veículo, com parte do corpo pro lado de fora', contou Alessandra. Ela disse que os bandidos não paravam de atirar. Em determinado momento, eles pegaram o carro e colocaram no meio da rodovia para tentar impedir a passagem do veículo e atirar em direção ao para-brisa 'Mas atingiram a lateral e o motor. Não parei. Continuei dirigindo até bater no veículo, que foi jogado para o barranco. Quando eles perceberam que o carro era blindado e que eu não iria parar, eles abandonaram o Siena Vermelho e pararam uma carreta', contou. A cena foi presenciada pelos pais da advogada, que também foram com ela para Abaetetuba.