POLÍCIA CIVIL DESARTICULA QUADRILHA ESPECIALIZADA EM CLONAR CARTÕES QUE AGIA EM VÁRIOS ESTADOS BRASILEIROS

A Polícia Civil desarticulou um esquema criminoso, nesta terça-feira, 12, com as prisões de oito pessoas envolvidas em uma quadrilha especializada em clonagem de cartões eletrônicos por meio de golpes a clientes bancários que utilizam caixas eletrônicos para fazer movimentações financeiras nas contas. Integrantes do bando conseguiam trocar os cartões das vítimas e obter as senhas, para fazer compras e saques. Estima-se que o golpe tenha sido aplicado em diversas cidades, das regiões Norte e Nordeste do Brasil, e interior de São Paulo, deixando prejuízos superiores a R$ 400 mil. As prisões realizadas, mediante mandados de prisão e de busca e apreensão domiciliar, em Belém. Foram presos Edmilson dos Passos Peniche, de apelido “Baiano”; Samuel Lucas de Sousa; Igor Fagner dos Santos Machado; Carlos André Carvalho de Aquino, conhecido por “Gago”; Rosemary Brito Barroso Machado, conhecida como “Meire”, esposa de Igor; Rozana Kelly Brito Barroso, irmã de Rosemary; Márcio Antônio Oliveira de Freitas e Quilder José Albuquerque Valadário, de apelido “Curió”. 


As equipes policiais saíram, durante a madrugada, da sede da Delegacia-Geral, para dar cumprimento às ordens judiciais, sob comando do diretor de Polícia Especializada, delegado João Bosco Rodrigues, e coordenação dos delegados Beatriz Silveira e Samuelson Igaki, da DPRCT (Divisão de Prevenção e Repressão a Crimes Tecnológicos). Os presos foram encontrados, em suas casas, em bairros como Cidade Nova e Icuí-Guajará, em Ananindeua, e Guamá e Marambaia, na capital paraense. Com o preso "Gago", os policiais civis apreenderam uma pistola de calibre 380 prateada e, assim, ele foi autuado por posse ilegal de arma. Já o outro preso, de apelido "Baiano", usava uma carteira de identidade falsa. Com isso, ele vai responder também por uso de documento falso. 

Também, com "Gago", a Polícia Civil apreendeu 48 cartões. As investigações sobre a ação criminosa se iniciaram a três meses, mas, pelos levantamentos feitos pela equipe policial da DPRCT, a quadrilha agia há cerca de um ano. Conforme o delegado Samuelson Igaki, a investigação iniciou a partir do registro de um Boletim de Ocorrência (BO) por um servidor público estadual que teve o cartão de crédito trocado por um rapaz, enquanto acessava um caixa eletrônico. Durante as investigações, os policiais civis descobriram que o rapaz integrava a quadrilha responsável por diversos saques, transferências bancárias e compras diversas. Só na conta da vítima foram movimentados cerca de R$ 20 mil. “Constatamos que se trata de uma quadrilha, que age subtraindo valores depositados em contas correntes de instituições bancárias, com aquisições fraudulentas de cartões de crédito, troca e também clonagem destes cartões, que são predominantemente pertencentes a idosos”, explica. 

A vítima informou, no BO, que a troca do cartão ocorreu no momento em que realizava uma transação bancária, no caixa eletrônico. O servidor público relatou que, no momento em que acessava a máquina, no caixa eletrônico ao lado, havia um homem que parecia também acessar o equipamento. Em determinado momento, o telefone celular da vítima tocou, o que a fez se distrair. Nesse momento, conta o servidor público, o homem fez rapidamente a troca dos cartões. Com o cartão trocado, a vítima tentou realizar a transação bancária, mas o caixa eletrônico recusou o cartão, o que levou a vítima a pensar que se tratava de um problema no banco. 

Assim, o servidor público desistiu de fazer o saque e foi embora do local, para tentar fazer depois o saque. A vítima, após algum tempo, foi surpreendida com uma notificação bancária, com a informação de que o cartão havia sido usado em várias transferências de dinheiro para outras contas, transações comerciais em valores altos e compras diversas. “Apuramos que, entre as diversas compras realizadas pela quadrilha, estão computadores, televisores, tablets, celulares, motocicletas, roupas e peças de vestuário, que depois seriam revendidos a preços abaixo do mercado”, detalha o policial civil. Durante as investigações, envolvidos no esquema foram identificados. “Alguns deles já eram conhecidos por participação em práticas criminosas desse tipo. Muitas dessas pessoas já foram presas em outras ocasiões pela Polícia Civil”, explica. (MATÉRIA CONTINUA)

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