ENCONTRADA OSSADA QUE PODE SER DE DANÇARINA DESAPARECIDA HÁ TRÊS MESES

A Polícia Civil, por meio da Divisão de Homicídios, comandou uma busca, na manhã de hoje, na ilha de Arapiranga, em frente à praia do Vai-Quem-Quer, em Cotijuba, região das ilhas de Belém. No local, pescadores encontraram na manhã de domingo restos mortais de uma pessoa. As informações recebidas é de que a ossada pode ser da dançarina Fernanda Trindade, que desapareceu, em 6 de dezembro do ano passado, durante um passeio de jetski na região. Somente um exame de DNA é que poderá confirmar ou não se os restos mortais são da dançarina. A ossada foi removida ao Centro de Perícias Científicas Renato Chaves para passar por perícia. A ida até a região ocorreu por volta de 6 horas da manhã desta segunda-feira. Estiveram em atuação uma equipe da Divisão de Homicídios, comandada pelo delegado Cláudio Galeno, responsável pelas investigações, com apoio de bombeiros do Grupamento Fluvial de Segurança Pública do Estado.

 

ILHA DE COTIJUBA

Conforme o delegado, no domingo, por volta de 7h da manhã, Raimundo Nascimento, pai de Fernanda, entrou em contato por telefone informando que pescadores da região lhe telefonaram avisando que haviam encontrado uma ossada, dentro da mata. O fato foi, de imediato, comunicado ao delegado, que organizou uma busca para seguir à região. Porém, como a maré, no domingo, estava enchendo na região, a busca foi realizada na manhã desta segunda-feira. Raimundo também acompanhou a expedição que partiu do trapiche do distrito de Icoaraci.

 

O delegado detalha a ossada foi encontrada sobre a lama do igapó, dentro da mata, a cerca de 150 metros da margem da praia da ilha. Alguns chumaços de cabelos foram encontrados em galhos de árvores, a 50 metros do local em que estava a ossada. Em meio aos restos mortais, havia uma peça de vestuário, semelhante a um maiô de banho, um piercing e um atracador de cabelo feminino. Tudo foi recolhido, com ajuda dos bombeiros, e depois levado até o trapiche do Grupamento Fluvial, na Rodovia Artur Bernardes, de onde o veículo do CPC Renato Chaves, fez a remoção à sede do órgão.

 

Ainda, no domingo, explica o delegado, o pai de Fernanda fez coleta de material para exame de DNA, pelo qual será possível fazer a comparação para se atestar se os restos mortais são da dançarina. O delegado detalha ainda que em torno de 16 diligências solicitadas pelo Ministério Público dentro do inquérito já foram feitas e outras ainda estão pendentes. Uma delas é a chamada reprodução simulada dos fatos, mais conhecida como reconstituição, que deverá ocorrer no próximo mês. O delegado não descartou a possibilidade de ouvir novamente o depoimento do empresário Lauro Sérgio Nogueira, com quem a dançarina passeou de jetski, no dia dos fatos. Ainda não há qualquer data marcada para a oitiva.