POLÍCIA CIVIL REALIZA OPERAÇÃO MARÇO ROSA PARA DAR ANDAMENTO A INQUÉRITOS DE CRIMES CONTRA MULHERES
A Polícia Civil do Pará realiza, neste final de semana, a operação denominada “Março Rosa”, que visa sanear cerca de mil inquéritos policiais em tramitação na Divisão Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM). Neste sábado, 22, e domingo, 23, mais de 600 pessoas, entre testemunhas, vítimas e acusados, devem ser ouvidos em depoimento dentro dos procedimentos policiais abertos para apurar crimes de violência doméstica contra a mulher na Região Metropolitana de Belém. Os depoimentos ocorrem no prédio da Delegacia-Geral da Polícia Civil, em Belém, e se estendem ao longo do dia. A operação é coordenada pela Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAV) da Polícia Civil.
HOMENS SÃO OUVIDOS EM DEPOIMENTO |
Segundo a titular da Diretoria, delegada Simone Edoron, a ação é alusiva ao Dia Internacional da Mulher. Ela detalha que, para se realizar a coleta dos depoimentos, foi preciso, primeiramente, fazer um mutirão, que envolveu policiais civis de Delegacias da capital e até de Delegacias da Mulher do interior do Estado. No final de semana passado, os inquéritos foram levados para a Delegacia-Geral, onde foi montada uma estrutura, com computadores e impressoras, para dar início ao trabalho. De um por um, os inquéritos foram verificados para saber quais pendências ainda haviam neles, como por exemplo, ausência de depoimento do acusado, da vítima ou de testemunha do crime, entre outros.
DEPOIMENTO |
Assim, foram expedidas intimações para que as pessoas comparecessem, neste sábado e domingo, para serem ouvidas, na Delegacia-Geral.
A delegada explica que a medida visa agilizar a tramitação dos inquéritos policiais, de crimes de violência doméstica contra a mulher, na DEAM, e fazer com que todos sejam devidamente encaminhados à Justiça. Uma das pessoas ouvidas foi uma dona-de-casa, de 29 anos, que denunciou o ex-marido por violência doméstica. Ela apresentou duas testemunhas que também foram ouvidas em depoimento.
MULHER É ORIENTADA |
Ela conta que foi agredida, por diversas vezes, pelo ex-marido, com quem viveu por cinco anos, no distrito de Icoaraci. Por conta dos atos de violência, resolveu sair de casa, com dois filhos frutos do relacionamento, e denunciar o agressor. "Ele é agressivo e me agredia por nada. Em uma das vezes que fiu agredida eu estava grávida", conta a vítima, que agora mora na capital. O trabalho prosseguirá no próximo final de semana.
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