POLÍCIA CIVIL VAI INVESTIGAR ORIGEM DE POSTAGENS NO FACEBOOK E NO WHATSAPP
A Polícia Civil, por meio da Divisão de Prevenção e Repressão a Crimes Tecnológicos (DPRCT), vai investigar a origem das postagens divulgadas na internet, por meio da rede social “Facebook”, e pelo aplicativo de celulares “WhatsApp”, em que a foto do autônomo Rafael da Silva Patroca, 31 anos, conhecido como “Camelo”, foi exposta e na qual ele é qualificado como estuprador de mulheres, portador do vírus HIV e traficante de drogas. A apuração será presidida pela delegada Beatriz Silveira, titular da DPRCT. Nesta quinta-feira, 27, Patroca esteve na DPRCT para prestar depoimento. Ele nega todas as acusações e afirma que está sendo vítima de atos de calúnia e difamação.
As postagens começaram a circular na terça-feira passada e chegaram a um número incalculável de pessoas, em Belém, e até fora do Pará. O texto alertava: "tem um cara de moto que anda parando mulheres na rua e ameaçando elas com uma arma a subir na moto, ele estupra e é portador de HIV. Envie isso pra outros grupos!!! Dizem que ele mora na gentil, que é traficante conhecido como 'camelo' e que costuma andar pela José Malcher, Gentil, Bras, Nazare e transversais. (sic)".
Alegando ser evangélico da Igreja Quadrangular, em Marituba, e companheiro da auxiliar administrativa, Juliana Bastos, Rafael afirma que, desde que soube das postagens, não parou de chorar. "Essa situação está afetando toda a minha família. Mas como tenho minha consciência tranquila, vim até a delegacia, por livre e espontânea vontade, prestar esclarecimentos e fazer um boletim de ocorrência", contou. Ele diz que está com medo de sair de casa. "Minha mãe fica me pedindo para não sair na rua, pois estamos com medo. Hoje, eu não posso julgar as pessoas e afirmar quem fez isso, mas o responsável é um monstro. Mas eu confio no meu Deus e no trabalho da polícia e sei que tudo vai ser esclarecido".
Segundo ele, que não tem perfil em rede social nem tem WhatsApp, no começo imaginava que a situação fosse apenas uma brincadeira, mas a mensagem se espalhou rapidamente e chegou até familiares e amigos. "Tudo isso está sendo muito difícil para todos. O Rafael tem medo de sair nas ruas e alguém pegar ele, achando que essa história é verdade", diz Juliana Bastos. Ela aproveitou para fazer um apelo no Facebook, pedindo a "ajuda dos amigos compartilharem que a mensagem é mentira". A delegada Beatriz Silveira, titular da DPRCT, disse que a unidade policial especializada em crimes por meio tecnológico, vai tentar identificar a origem da postagem e a procedência da informação. Ela orienta às pessoas que tomem cuidado ao postar ou compartilhar mensagens nas redes sociais sem conhecer a procedência das postagens, pois correm o risco de responder a processo criminal.
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