POLÍCIA CIVIL DESVENDA MORTE DE COMERCIANTE ENCONTRADO CARBONIZADO NAS MATAS DA ESTRADA DA CEASA
A Polícia Civil anunciou, nesta segunda-feira, 01, o desvendamento da morte do comerciante Antônio Junior Moraes da Silva, 29 anos. Os autores do crime, apontados nas investigações da equipe da Divisão de Homicídios, são os militares do Exército Brasileiro, soldado Fabiano de Jesus Mattos Raiol, 22 anos, e o cabo Laurentt Ricardo de Souza Pereira, 22, funcionários do Hospital Geral do Exército, em Belém. Os dois estão presos com mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça, por solicitação da presidente do inquérito do caso, delegada Maria Lúcia Santos, da DH. A vítima foi morta de forma premeditada em decorrência de cobranças de dívidas oriundas de agiotagem praticada pelo comerciante. As informações do caso foram repassadas pelos delegados Claudio Galeno e Maria Lúcia na sede da DH. Para eles, com as prisões dos acusados, o inquérito está concluído. O trabalho policial contou com a parceria do Exército durante o andamento das investigações.
Segundo os acusados, que confessaram o crime, o comerciante teria passado a fazer ameaças contra os militares e familiares, para que recebesse o pagamento total das dívidas. Conforme os presos, alguns dos valores devidos, cujas quantias variavam de R$ 6 mil até R$ 9 mil, haviam sido pagos em parte das parcelas, porém, em determinado momento, Antônio Júnior teria passado a exigir o pagamento total da dívida com juros de 25% ao mês. Ainda, de acordo com os acusados, a vítima andava armada e chegou ao ponto de fazer uma investigação para descobrir os endereços das famílias dos acusados, que passaram, segundo eles, a ser perseguidos pela vítima, na cobrança do pagamento das dívidas.
DELEGADOS GALENO E MARIA LÚCIA |
Ele foi socorrido pelo comparsa até a Unidade de Pronto Atendimento em Ananindeua, de onde uma ambulância do 192 conduziu o militar até o Hospital Metropolitano, onde permanece internado no setor de pessoas queimadas com parte do corpo enfaixado. A delegada Maria Lúcia esclarece que os exames periciais feitos pelo Centro de Perícias Científicas Renato Chaves ainda não concluíram se a vítima ainda estava vivo no momento em que foi queimada. "Os exames que irão confirmar isso ainda não estão prontos", salienta. Ambos permanecerão presos à disposição da Justiça.
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