POLÍCIA CIVIL DESLANCHA OPERAÇÃO "MARÇO ROSA" PARA APURAR CASOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
A Polícia Civil, por meio da Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAV), começou neste sábado, 28, um ciclo de audiências, qualificação e interrogatório de suspeitos de crimes de violência doméstica contra a mulher, na Delegacia-Geral, em Belém. A ação faz parte da operação “Março Rosa”, com o objetivo de apurar casos de violência doméstica, previstos na Lei Maria da Penha, com instauração de inquéritos policiais e medidas protetivas às vítimas. A ação policial prossegue neste domingo, 29, a partir de 8 horas da manhã.
Segundo a delegada Simone Edoron, titular da DAV, a meta é dar agilidade aos procedimentos realizados na DEAM e atender as expectativas das vítimas quanto à proteção e à busca de Justiça, além de ser uma forma de homenagear as mulheres neste mês de março, quando é comemorado o Dia Internacional da Mulher.
Na operação, os autores de crimes são intimados a comparecer em dia e hora marcados, na sede da Delegacia-Geral, para serem ouvidos em oitivas. Ao todo, a operação mobiliza, nos dois dias, em torno de 70 policiais civis - delegados, escrivães, investigadores e papiloscopistas - e funcionários administrativos. Foram levantados inquéritos da capital e interior do Estado, a maioria, do ano passado, que ainda estavam com pendências para tramitação à Justiça .
DELEGADA SIMONE EDORON |
Para realizar a operação, ressalta a delegada, foram mobilizados policiais civis de Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher de Belém e do interior do Estado, como Abaetetuba, Bragança, Marabá e Tucuruí. Ao longo do dia, a equipe de policiais civis ouve os depoimentos de homens acusados de violência doméstica. Para tanto, as equipes da DEAM contam com estrutura para coletar informações de dados, qualificação dos indiciados e interrogatório, para que depois, os inquéritos policiais sejam enviados à Justiça.
"Foram intimados aproximadamente 200 suspeitos e instaurados 110 inquéritos policiais", salienta. De acordo com a delegada Daniela Souza dos Santos de Oliveira, diretora da DEAM, todos os suspeitos intimados deverão comparecer e o não comparecimento implica em crime de desobediência, o que impossibilita o intimado de prestar esclarecimentos a respeito dos fatos. e ainda poderá responder por mais um processo, além da violência doméstica. A partir das investigações, o inquérito poderá ser concluído com o indiciamento ou não dos suspeitos. "Mesmo diante da ausência do intimado, os inquéritos são instaurados e remetidos para apreciação do Poder Judiciário", detalha. Ainda, conforme a policial civil, a operação poderá ser estendida até quando for necessária.
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