PRESOS TRÊS ENVOLVIDOS NO ASSALTO QUE RESULTOU NA MORTE DE SERVIDORA PÚBLICA FEDERAL
As Polícias Civil e Militar já prenderam três envolvidos no assalto contra a servidora pública federal, Dayse Cunha. Os presos são José Roberto Costa Mourão, 18 anos, de apelido "Costela"; Pedro Paulo Miranda Santana, 22, de apelido "Tatá", e Yuri dos Santos Manito, 18, conhecido como "Lepo". Os três foram presos em flagrante para responder por roubo com uso de arma de fogo e permanecem recolhidos no Sistema Penitenciário à disposição da Justiça. Os três presos já têm antecedentes criminais. José Roberto e Yuri já foram presos por roubo, e Pedro Paulo por tráfico de drogas. Nesta sexta-feira, 01, o delegado Cláudio Galeno, diretor de Polícia Metropolitana, prestou mais informações sobre o andamento das investigações.
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JOSÉ ROBERTO, TATÁ E LEPO |
Segundo ele, a vítima, que trabalhava na Alfândega, no Aeroporto Internacional de Belém, havia saído da aula de dança, na quarta-feira passada, e deixou foi deixar uma amiga em casa, na Cidade Velha. Em seguida, ela seguiu até o Aeroporto, de onde depois iria para casa. Às 23h47, ela telefonou para a filha avisando que estava a caminho de casa. Enquanto passava pela Travessa Humaitá, com a Avenida Antônio Everdosa, na Pedreira, ela foi abordada por quatro homens armados que a fizeram refém. Um deles, identificado como José Roberto, tomou o volante do carro e passou a conduzi-lo. Enquanto isso, os demais saquearam pertences de valor da vítima, como celular, cordão, relógio e R$ 400 em dinheiro.
Como queriam mais dinheiro, os bandidos pegaram cartões de banco da vítima e passaram por três caixas eletrônicos, localizados no Aeroporto, na BR-316 e na Avenida Almirante Barroso, para tentar fazer saques de altas quantias, mas não conseguiram porque os caixas eletrônicos só liberam pequenas quantias após a meia-noite. Assim, os bandidos resolveram praticar assaltos em via pública, usando o carro, que é peliculado. Eles pararam em um carrinho de venda de lanches, na Avenida Pedro Miranda com Travessa Vileta, na Pedreira, onde assaltaram os clientes e levaram a renda. Testemunhas ouvidas em depoimento relataram que viram quatro homens descerem do carro armados.
Após a fuga, um dos clientes, um policial militar de folga, passou a perseguir o carro com os suspeitos usando a própria moto. Durante a perseguição, ele avisou policiais militares, que estavam em uma viatura de ronda na área, que quatro homens haviam assaltado pessoas em um carrinho de lanches. Assim, os policiais passaram a seguir o veículo. Até esse momento, esclareceu o delegado, os policiais militares não sabiam que havia uma pessoa refém no interior do carro.
Durante o cerco, os bandidos tomaram rumo em direção ao bairro de São Braz e depois seguiram no sentido do bairro da Terra-Firme, já por volta de 2h30. Três viaturas da PM que estavam na área do Terminal Rodoviário também passaram a perseguir o carro. Entre os bairros de Canudos e Terra-Firme, os bandidos passaram a atirar contra as viaturas policiais, havendo o revide.
Já, na Terra-Firme, José Roberto, que conduzia o carro, perdeu o controle ao fazer uma curva e colidiu de frente com um poste. Na fuga, os comparsas - um deles era Yuri Manito - saíram atirando em direção aos policiais militares e fugiram. "Costela" foi preso em flagrante. Com ele, foi apreendido um revólver calibre 38 com três munições disparadas. Ao verificar o carro, os policiais militares, que até então não sabiam que existia uma mulher refém, já a encontraram sem vida. O preso foi apresentado na Seccional da Sacramenta, onde a delegada Ocione Guidão, de plantão, os autuou em flagrante pelo roubo.
Com o andamento das investigações, foi preso, por volta de 7h30, Pedro Paulo Santana, em sua casa, na Terra-Firme. Depois, já no início da tarde, foi preso Yuri Manito, no interior de um táxi, ao lado da namorada, em deslocamento na avenida Perimetral. Em depoimento, os presos confessaram o crime e confirmaram terem efetuado disparos em direção aos carros da PM. As armas de trabalho dos policiais militares foram apreendidas, assim como o revólver calibre 38 encontrado com o preso, para serem enviadas à perícia, assim como o carro da vítima também passou por perícia. O inquérito policial sobre as circunstâncias da morte da vítima foi instaurado pelo delegado Marco Antônio de Oliveira, da Divisão de Homicídios, e tem prazo de até 30 dias para ser concluído.
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