OPERAÇÃO DA POLÍCIA CIVIL E DO DETRAN DESARTICULA ESQUEMA DE VENDA ILEGAL DE ACESSÓRIOS QUE TEM VENDA EXCLUSIVA NO DETRAN

Uma operação conjunta da Polícia Civil e do Departamento de Trânsito do Estado (Detran) resultou, na manhã desta sexta-feira, 26, em 24 pessoas detidas. Elas vendiam ilegalmente produtos que só podem ser adquiridos no Detran. Denominada de “Operação Lacre”, a ação policial foi realizada na área do entorno do Departamento, na Rodovia Augusto Montenegro, em Belém. Os presos foram conduzidos para a Seccional Urbana da Marambaia. A operação foi iniciada após de denúncias de que usuários que procuram os serviços do Detran estacionavam os veículos no local e ali eram abordadas pelos vendedores dos produtos. Com os suspeitos, foram apreendidos lacres, placas, chaves de fenda, arames, tesouras, alicates, adesivos, capas de veículos, tarjetas e extintores. 


Os policiais encontraram, ainda, com os detidos dinheiro, uma quantidade expressiva de documentos de veículos e vistoria, além de aparelhos celulares. A operação foi resultado de uma investigação com duração de quase três meses. Policiais militares que atuam no setor de Inteligência do Detran iniciaram as investigações a partir da apuração de denúncias sobre a venda de placas e lacres na área externa do departamento. De posse de fotos e vídeos com claros indícios de que se tratava de um comércio ilegal, o coordenador do Núcleo de Segurança Orgânica do Detran, major PM Erick Miranda, solicitou o apoio das polícias Civil e Militar para deslanchar a operação e dar início às investigações. 

Sob o comando do delegado Pery Neto, diretor da Seccional da Marambaia, os policiais detiveram 24 suspeitos que foram levados, provisoriamente, ao auditório da sede do Detran para uma triagem inicial. De acordo com o delegado, os lacres apreendidos podem ter saído de dentro da instituição ou serem produtos de furto ou roubo. A polícia vai identificar, por meio da numeração, a origem dos lacres e os seus proprietários. Na seccional, Pery Neto deu início à fase de depoimentos, onde os detidos foram ouvidos pelas autoridades policiais. “Quem não tiver nada a ver com essa situação será liberado, já aqueles que tiverem algum tipo de participação nas irregularidades serão enquadrados no crime de receptação. O inquérito policial também vai apurar se há o envolvimento de servidores do órgão em todos os casos investigados”, informou. 

Objetos apreendidos

Dos 24 detidos, dez foram qualificados nos autos do procedimento policial por terem sido detidos com placas refletidas. Os objetos foram encaminhados ao Detran para tomadas de medidas cabíveis junto às empresas credenciadas. Outros seis foram ouvidos em declarações sobre a posse de placas e lacres, objetos de uso exclusivo do Detran e serão indiciados em inquérito policial. Um dos detidos estava com mandado de prisão preventiva decretada por sentença condenatória. Outro foi autuado em flagrante por tráfico de influência e outros seis foram liberados após checadas suas situações criminais e liberados por não estarem ligados ao foco da investigação. O diretor-geral do Detran, Nilton Atayde, ressaltou que esse tipo de operação vai ocorrer de forma sistemática, tanto na capital quanto nas unidades localizadas no interior do Pará.

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