HOMICIDAS PRESOS EM FLAGRANTE APÓS CRIME EM SALVATERRA NO MARAJÓ
O delegado Arilson Caetano, titular da Delegacia de Salvaterra, na ilha do Marajó, autuou em flagrante, na noite desta segunda-feira, 19, por homicídio, Michael Soares Neves, 24 anos, conhecido por “Maicon”, “Gordo”, “C4” ou “Júnior”, e Emerson de Souza Novaes, 28, de apelido “Frajola”. Os dois são autores do baleamento seguido de morte de Idelcinei Silva dos Santos, 19, conhecido por “Nei”. O fato se registrou na 10ª Rua, bairro Marabá, naquele município. O crime foi motivado por acerto de contas de dívidas do tráfico de drogas.

Conforme investigações, a vítima atuava como “avião”, responsável em vender “petecas” de pasta de cocaína fornecidas por Michael. Idelcinei teria ficado com parte do dinheiro das vendas e, por isso, passou a ser perseguido pelo fornecedor da droga. Durante a madrugada, enquanto dormia em casa, a vítima teve o imóvel invadido pelos bandidos que estavam em uma moto. Um deles, no caso Michael, disparou um tiro à queima-roupa, na cabeça da vítima, que estava deitada na rede. Após o crime, Michael saiu em fuga na moto pilotada por Emerson.

A vítima foi socorrida inicialmente ao hospital municipal, de onde foi transferida para Belém, em estado de coma. No local do crime, um projetil de calibre 38 foi apreendido. A equipe policial iniciou as buscas e conseguiu prender os acusados, na vila de Monsarás, a 30 quilômetros da sede do município. Eles estavam em uma casa alugada por Emerson Novaes. Com eles, um revólver calibre 38 e uma moto, supostamente usados no crime, foram apreendidos. Ambos são moradores no distrito de Icoaraci, em Belém. Eles também vão responder por posse ilegal de arma de fogo.

O delegado informa que Michael Neves já estava indiciado em inquérito com prisão preventiva solicitada à Justiça por outro homicídio cometido em 2 de maio deste ano. A vítima, José Paulo Bastos Ferreira, conhecida por “Neguinho”, foi morta com um tiro na cabeça também por dívidas com o tráfico de drogas. “Já tínhamos alguns dados sobre o acusado, inclusive, de várias ameaças de morte por acerto de contas da venda de drogas com os 'aviões'. Fui à cena do crime e levantei testemunhas, com muita dificuldade, por todos temerem o bandido”, explicou o delegado.
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