COMENTÁRIO DO DIA: INJÚRIA RACIAL OU RACISMO?
Destaque do dia, na imprensa paraense, é a prisão em flagrante do pastor evangélico Petrônio Alves Silva, 40 anos, acusado de crime de racismo contra uma funcionária da empresa aérea TAM, lotada no guichê do Aeroporto Internacional de Belém. Ele foi enquadrado, na lei de crimes raciais, por injúria racial, porém, ainda no mesmo dia, foi colocado em liberdade por determinação da juíza Fabíola Maroja Pinheiro, da 9ª Vara Criminal da Comarca da Capital.

O despacho da magistrada mostra que o alvará de soltura foi concedido devido o acusado ser réu primário e residência fixa. Por isso, arbitrou fiança ao acusado que, sob alegação de não poder pagar o valor estipulado, a obrigação de pagar o valor foi isentada. No entanto, a mesma lei afirma que o crime é inafiançável. Movimentos sociais que defendem a causa do negro criticaram tal decisão da juíza, sob alegação que o crime praticado pelo pastor se configura como racismo.
De acordo com a denúncia feita pela funcionária, fato testemunhado por outras pessoas, o acusado estava no check-in da TAM, para pegar um voo com destino ao Mato Grosso do Sul. Ao passar na verificação da pesagem da carga, o peso excedeu o limite estipulado pela empresa. Assim, a funcionária deveria cobrar taxa de excedente. Isso deixou irritado o passageiro que acabou por chamar a funcionária, segundo a denúncia dela, de "neguinha folgada".
De imediato, a funcionário acionou a Polícia Federal e o caso foi conduzido à Delegacia da Polícia Civil no Aeroporto Internacional de Belém. Ali, a delegada Ana Guedes, após ouvir todos os relatos, autuou o acusado pelo crime. Mas, no entanto, a Justiça teve outro entendimento de que não se tratava de crime de injúria racial, mas de injúria caluniosa. O caso nos remete ao dilema da luta contra o preconceito racial. Já é tempo de esse tipo de pensamento ser extirpado da sociedade. Assim, precisamos que a nossa Justiça fique antenada com tais condutas, para que não venha a ser questionada e tenha sua imagem desacreditada.
De acordo com a denúncia feita pela funcionária, fato testemunhado por outras pessoas, o acusado estava no check-in da TAM, para pegar um voo com destino ao Mato Grosso do Sul. Ao passar na verificação da pesagem da carga, o peso excedeu o limite estipulado pela empresa. Assim, a funcionária deveria cobrar taxa de excedente. Isso deixou irritado o passageiro que acabou por chamar a funcionária, segundo a denúncia dela, de "neguinha folgada".
De imediato, a funcionário acionou a Polícia Federal e o caso foi conduzido à Delegacia da Polícia Civil no Aeroporto Internacional de Belém. Ali, a delegada Ana Guedes, após ouvir todos os relatos, autuou o acusado pelo crime. Mas, no entanto, a Justiça teve outro entendimento de que não se tratava de crime de injúria racial, mas de injúria caluniosa. O caso nos remete ao dilema da luta contra o preconceito racial. Já é tempo de esse tipo de pensamento ser extirpado da sociedade. Assim, precisamos que a nossa Justiça fique antenada com tais condutas, para que não venha a ser questionada e tenha sua imagem desacreditada.
Comentários