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DELEGADA BEATRIZ SILVEIRA |
Uma quadrilha especializada em fraudes praticadas a partir da clonagem de cartões magnéticos foi desarticulada pela equipe da Delegacia de Repressão a Crimes Tecnológicos (DRCT), da Polícia Civil do Pará. Sob comando da delegada Beatriz Silveira, as investigações duraram cerca de dois meses e já resultaram nas prisões de um total de cinco pessoas, que agiam em Belém; São Luiz, no Maranhão, e Fortaleza, no Ceará.
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OS PRESOS |
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JUARI MARTINS |
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ELBER MALATO |
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WILLIAMS LEITE |
Nesta quinta-feira (21), três pessoas presas na noite de ontem, na Avenida Presidente Vargas, bairro da Campina, centro da capital paraense, foram apresentadas a jornalistas, na DRCT, sediada na Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO). Williams da Cruz Leite, 40 anos; Juari Pereira Martins, 27, de apelido “Yurizinho”, e Elber Pires Malato, 27, conhecido por “Caio”, foram flagrados com 21 cartões clonados e documentos falsos. Com eles, foram apreendidos ainda um computador portátil; um pen-drive usado para arquivar informações bancárias de vítimas; equipamentos eletrônicos e papéis com anotações diversas.
Outras duas pessoas – Edgar Mendes Libório e Vanderson Silva – haviam sido presas há 20 dias. Um dos acusados, Williams Leite, já foi preso ano passado por policiais civis da Divisão de Investigações e Operações Especiais (DIOE) durante a operação “Malote Premiado”, que investigou um esquema de desvio de correspondências, com participação de carteiros, para obtenção de cartões de crédito com fins de clonagem. Denominada “Cyber-Card”, a operação policial da DRCT chegou até Williams, Juari e Elber com o andamento das investigações após as prisões de Edgar e Vanderson. Todos são paraenses. As investigações mostraram que Williams é o líder do esquema. Ele e Elber moram, atualmente, à beira-mar, na capital maranhense. No momento da prisão deles, os acusados haviam acabado de sair de uma loja na Avenida Presidente Vargas. Uma mulher, que tentou dar fuga aos acusados, no momento da prisão, foi detida e enquadrada em TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) por favorecimento pessoal e vai responder em liberdade pelo crime.
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DETALHE DOS CARTÕES E DEMAIS OBJETOS APREENDIDOS |
As investigações mostram que Williams adquire os cartões originais diretamente de pessoas ligadas aos Correios. Depois, os integrantes do bando se passam por operadores de telemarketing das operadoras e entram em contato com os titulares dos cartões, para confirmar dados pessoais. Assim que confirmam os dados, os criminosos entram em contato com o serviço online da operadora do cartão, solicitando o desbloqueio do mesmo. Com a liberação autorizada pela operadora, os cartões acabam usados na compra de produtos eletroeletrônicos e até passagens aéreas, que são revendidos por preços até 60% a menos do valor de mercado.
As investigações mostram que cerca de 200 pessoas teriam sido vítimas do golpe. Estima-se que, em média, cada vítima tenha sofrido um prejuízo de aproximadamente 2 mil reais. Portanto, pela projeção, o golpe pode ter rendido aos golpistas a cifra de 200 mil reais. A DRCT vai investigar a origem dos desvios dos cartões magnéticos. Os presos irão responder pelos crimes de formação de quadrilha, falsificação de documentos públicos e privados; uso de falsa identidade e estelionato. A delegada orienta às pessoas que jamais confirmem dados pessoais e de cartões por telefone. Em caso de receber algum telefonema nesse sentido, desligue o telefone e telefone para a operadora ou gerência bancária.
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