DUPLA DE SEQUESTRADORES É PRESA EM SÃO MIGUEL DO GUAMÁ
Dois homens foram presos em flagrante após sequestrar o autônomo José Maria Soares Teixeira, por volta de 13h, desta segunda-feira, dia 15. O sargento aposentado da Polícia Militar, José Reginaldo Miranda, e Nilton Paulino Moreira, foram contratados pelo empresário Jorge Viana Bezerra para sequestrar o autônomo no município e levá-la até a cidade de Capitão Poço, na mesma região, provavelmente, para matá-lo. A alegação era de que José Maria era suspeito de estar “seguindo” o empresário. De acordo com o delegado Paulo Benício, responsável pelo flagrante, há cerca de um mês, o empresário registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de São Miguel do Guamá, no qual afirmou que estava sendo seguido por dois homens desconhecidos pelas ruas do município.
Dono de uma empresa de ônibus em São Miguel do Guamá, Jorge resolveu contratar, então, dois seguranças particulares, no caso, José Miranda e Nilton Moreira. O primeiro indiciado está na reserva há seis anos da Polícia Militar. De acordo com as apurações, sob ordem do empresário, os dois indiciados foram, em um carro particular, até a casa da vítima, na rua João Tomé, bairro Vila Sorriso, nesta segunda-feira. No local, os criminosos se identificaram como policiais civis. Depois, entraram na residência do autônomo, armados, e o colocaram à força no interior do veículo Ford K, vermelho, placa HPP 6806, de São Luís do Maranhão, acusando-o de estar seguindo o empresário. Após isso, os sequestradores seguiram em direção ao município de Capitão Poço, onde reside o empresário. Familiares da vítima foram até a Delegacia de São Miguel do Guamá para denunciar o fato.
Eles informaram ao delegado que os dois homens acusaram a vítima de estar seguindo o empresário. Assim, o delegado entrou em contato por telefone com Jorge Bezerra e determinou que ele mandasse os seguranças apresentarem o suspeito na Delegacia. Minutos depois, os dois foram à unidade policial, onde apresentaram o autônomo. Com eles, um revólver calibre 32 com munição foi apreendido, além de um cassetete. O carro também foi apreendido. Os dois foram autuados por sequestro, cárcere privado, porte ilegal de arma de fogo e falsidade ideológica, já que se passaram por policiais civis. O procedimento foi presidido pelo delegado Paulo Benício com apoio do escrivão Paulo Santos. O empresário, que não foi mais encontrado pelos policiais, após as prisões dos seguranças, está indiciado em inquérito para responder pelos crimes. Os presos foram transferidos a uma unidade do Sistema Penitenciário em Paragominas para ficarem recolhidos à disposição da Justiça.
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