GCCO PRENDE BANDO POR TRÁFICO DE DROGAS NO NORDESTE DO ESTADO
BANDO PRESO COM APREENSÕES |
Uma operação policial sob coordenação do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil de Castanhal, nordeste paraense, resultou na desarticulação de uma quadrilha de traficantes de drogas que agia na região. Ao todo, quatro pessoas foram presas por meio da operação denominada “Ogiva 2010”, que contou com apoio do Núcleo de Inteligência Policial (NIP). O grupo criminoso era investigado há cerca de um mês. Um dos presos é o líder do bando, Sérgio Mendes Lira, de apelido “Nego Sérgio”.
DETALHE DE OBJETOS APREENDIDOS |
As investigações mostraram que a quadrilha praticava, dentre outros crimes, tráfico de drogas em municípios do nordeste do Estado, principalmente, em Castanhal e Santa Izabel do Pará. “Nego Sérgio” era o responsável em receber as drogas de fornecedores de Belém. Um deles, apontado como sócio do chefe do bando, é Marcos César Vazque Pinheiro, de apelido “Marquinho Digital”, que está foragido. Ainda, durante as investigações, a equipe do GCCO, sob comando dos delegados Alberto Teixeira e Samuelson Igaki, descobriu que “Nego Sérgio” contava com apoio de Carlos Alberto dos Santos, conhecido por “Beto”, na distribuição de drogas, na arrecadação e na guarda de dinheiro proveniente do tráfico, em Santa Izabel do Pará. “Beto” também seria responsável pela guarda de armas usadas pela quadrilha.
"NEGO SÉRGIO" |
"BETO" |
"LILICA" |
ROSILENE |
Outra pessoa presa, Eliliane Teixeira da Costa, conhecida por “Lilica”, servia como “mula”, ou seja, era usada para apanhar drogas junto aos fornecedores e levar até os traficantes. Durante a investigação, outros dois comparsas do esquema, de apelidos “Tio Bena” e “Capado”, foram identificados. Os dois são acusados de praticar um duplo homicídio no município de Benevides em 23 de outubro deste ano. As mortes teriam sido motivadas por desavenças decorrentes do tráfico de drogas.
"MARQUINHO DIGITAL" |
“Nego Sérgio” é acusado de dar guarda e fuga aos homicidas. Também foram identificados outros cinco homens envolvidos com o bando. “Chinês”, “Japonês” e “Tarzan” são responsáveis em comprar as drogas de “Nego Sérgio” para revendê-las; “Maicon” seria uma espécie de químico responsável em fazer a transformação da “pedra de óxi” em pasta base de cocaína, e “Seco” atua na transação, compra e venda de drogas e armas. No decorrer das investigações, o GCCO tomou conhecimento de que “Nego Sérgio”, por intermédio dos comparsas, iria contratar outra pessoa para atuar como “mula” com objetivo de ir até Belém para receber drogas com “Marquinho Digital”. Depois, as drogas seriam levadas até Castanhal e recebidas por “Nego Sérgio”. Diante das informações, a equipe do GCCO deu início à operação policial para prender os envolvidos nos crimes.
Por volta de 12:00 horas desta quarta-feira (24), os policiais identificaram a pessoa contratada como “mula”, na rua Adaílson Rodrigues, bairro do Jaderlândia, em Castanhal. Tratava-se de Rosilene Corrêa Santana. Ela foi presa no momento em que entrava em um carro Fiat Uno Mille, de placa JVM-4810, azul. Em poder dela, os policiais apreenderam sete pedaços, com 100 gramas cada, de “pedra de óxi” (cocaína petrificada). Dentro do veículo, os policiais prenderam “Nego Sérgio” e Fernando Erik Soledade Oliveira. Aos policiais, Rosilene Santana confirmou ter sido contratada por “Nego Sérgio” e que a meta era buscar drogas em Belém com “Marquinho Digital”.
Para realizar o serviço, ela disse que lhe foi prometida a quantia de R$ 200. Após as prisões, a equipe de policiais civis deslocou-se até a casa de “Marquinho Digital”, na Avenida Gentil Bittencourt, entre ruas Barão de Mamoré e Guerra Passos, bairro de Canudos, em Belém. No interior da residência, especificamente no quarto do acusado, os policiais encontraram e apreenderam aproximadamente um quilo de cocaína petrificada e triturada. Na casa, os policiais detiveram Mauro César Vasque Pinheiro, irmão de “Marquinho Digital”, para prestar esclarecimentos. No imóvel, uma algema sem numeração nem marca aparente; uma capa escura de colete com identificação da Polícia Civil, além de um cartão bancário e uma balança digital, foram apreendidos. Em seguida, os agentes foram até Santa Izabel do Pará, onde prenderam Carlos Alberto dos Santos, de apelido “Beto”, e Eliliane Teixeira da Costa.
Com os dois, R$ 450 foram encontrados. A ação policial contou com participação dos investigadores Nelson, Leonardo, Edilson e Olímpio. Os outros envolvidos no crime terão as prisões solicitadas à Justiça para que respondam pelos atos criminosos. Quem tiverm informações que possam levar à prisão de "Marquinho Digital" deve telefonar, de forma anônima, para o Disque-Denúncia, no fone 181. A ligação é gratuita e atende 24 horas. O autor do telefonema não é identificado. Ao prestar a informação, a pessoa recebe uma senha para ligar, com até 15 dias, para saber sobre o andamento da apuração da denúncia.
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