POLÍCIA CIVIL CONCLUI INQUÉRITO DE HOMICÍDIO EM MELGAÇO NO MARAJÓ
A Polícia Civil concluiu inquérito instaurado para investigar o homicídio cuja vítima foi Ivanildo Ferreira. O fato se registrou em 31 de dezembro do ano passado, na comunidade de Ilha Nova, no rio Arrependido, área rural de Melgaço, na ilha do Marajó. O delegado Ruberval Aguiar, titular da Polícia Civil em Melgaço, indiciou o pescador Sidney Freitas de Souza, conhecido como “Preto”, pela autoria do crime. Ele responderá na Justiça por homicídio qualificado porque não deu chance de defesa à vítima, com base no artigo 121, parágrafo 2º, do Código Penal Brasileiro. O crime provocou grande repercussão em Melgaço, município de 25 mil habitantes. O indiciado chegou a se apresentar espontaneamente na sede da Superintendência Regional da Polícia Civil de Breves, mas teve a prisão preventiva solicitada pela Polícia Civil e decretada pelo juiz de Melgaço, Emanoel Mouta.
LOCAL DO CRIME |
Segundo testemunhas, Sidney esfaqueou Ivanildo após os dois saírem de uma embarcação popularmente conhecida como “rabeta”. Eles tiveram uma discussão no trapiche da casa da vítima. A facada atingiu o flanco esquerdo e perfurou o coração levou Sidney à morte na hora. A vítima deixou três filhos e uma mulher grávida. Nos primeiros dez dias deste mês, membros da família da vítima tentaram matar o acusado, mas a Polícia Civil impediu o crime. O delegado informou que o caso já estava no Poder Judiciário para a instrução processual.
CASOS ANTIGOS O delegado Ruberval Aguiar e a equipe formada pelos investigadores Ed Wilson, Marcos Senado, escrivão Mauro Pinheiro e carcereiro Manoel Francisco, deram início a um levantamento de casos antigos não enviados ao Fórum de Melgaço para resgatá-los e dar seguimento às investigações. Os moradores de município reclamam muito de que fatos criminosos, sequer, haviam sido apurados. O delegado pretende concluir os procedimentos com rapidez para dar uma satisfação aos interessados e aos moradores de Melgaço. No caso de “Preto”, o procedimento já foi enviado à justiça. O indiciado está preso preventivamente e caberá ao juízo criminal dizer se “Preto” vai ou não ao banco dos réus.
Desta forma, sintetiza o delegado, a Polícia deu resposta e concluiu o inquérito dentro do prazo legal de dez dias. Agora, a justiça vai citar o réu para apresentar a defesa. O delegado explica que o juiz vai analisar o pedido de liberdade provisória e marcar audiência para ouvir testemunhas de defesa e de acusação, bem como colheras alegações finais para, finalmente, dar uma decisão sobre o caso, pronunciando ou não o réu para que seja julgado por um júri popular ou pelo próprio magistrado. O delegado acredita que há indícios suficientes para que o caso seja levado ao tribunal do júri.
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