ACUSADOS DE TENTAR FRAUDAR SISTEMA BANCÁRIO PRESOS EM TRÊS ESTADOS
Uma quadrilha responsável por falsificação de documentos bancários para tentar obter elevadas quantias em dinheiro em quatro estados brasileiros foi presa, nesta terça-feira, 8, em Belém, em Brasília e em São Paulo. Na capital paraense, a ação policial foi coordenada pela Polícia Civil, por meio da DIOE (Divisão de Investigações e Operações Especiais), e Ministério Público do Estado, através do GEPROC (Grupo Especial de Prevenção e Repressão às Organizações Criminosas). Os agentes cumpriram mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão domiciliar de documentos. No Pará, foram presos os empresários Juarez Corrêa dos Anjos e Antônio Valinoto Neto, e o advogado Antônio Carvalho Lobo. Em São Paulo, duas ordens de prisão foram cumpridas contra Francisco Nunes Pereira, apontado como o líder do esquema, e Luís Roberto Barros de Araújo.
Na capital federal, o técnico de informática Flamarion Alves de Souza foi preso. No Pará, as investigações são presididas pela delegada Virgínia Nascimento, com acompanhamento do promotor de Justiça Milton Menezes. Denominada de "Operação Abagnale", em alusão ao fraudador norte-americano Frank Abagnale, que nos anos 60 fraudou o sistema financeiro dos Estados Unidos, a ação policial resultou de investigações iniciadas, no Pará, em novembro do ano passado. Conhecido por "Mineirinho de Tatuí" ou "Chico da Fossa", Francisco Pereira é acusado de fraudar extratos bancários para alterar valores de conta corrente do Banco do Brasil, bem como, falsificar declaração anual de imposto de renda.
Depois, ele arregimentava pessoas em outros Estados, para agirem como seus procuradores nesses Estados, com objetivo de ingressarem na Justiça com ações contra a empresa bancária. A alegação é que o Banco do Brasil estaria impedindo a retirada de quantias elevadas de contas bancárias em nome de Francisco Pereira. No Pará, os golpistas ingressam na 5ª Vara do Tribunal de Justiça com ação de Usocapeão de Bem Móvel para tentar sacar no Pará a quantia de R$ 2.307.777.919,43, que seria de propriedade de Francisco. O advogado Antônio Lobo é acusado de assinar a petição à Justiça. Eles irão responder pelos crimes de falsificação de documento particular, falsidade ideológica, uso de documento falso e formação de bando.
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