POLÍCIA CIVIL PRENDE QUADRILHA RESPONSÁVEL POR FRAUDES CONTRA BANCOS
Investigações realizadas pela Polícia Civil do Pará resultaram na desarticulação de uma quadrilha de fraudadores bancários com atuação nos Estados do Pará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Amapá e Rio de Janeiro. Ao todo, 14 pessoas foram presas, entre elas, dois carteiros acusados de desviar correspondências com cartões bancários de clientes para prática de fraudes. Denominada de “Serpentina”, a operação policial foi realizada na madrugada desta quarta-feira, 23, por policiais civis sob coordenação do delegado João Bosco Júnior, diretor de Polícia Especializada. As investigações presididas pela delegada Beatriz Silveira, titular da DRCT (Delegacia de Repressão a Crimes Tecnológicos), uma das seis delegacias da DRCO (Divisão de Repressão ao Crime Organizado), mostraram que o bando gerou prejuízos em quatro agências bancárias. Em apenas uma delas, o golpe rendeu aos bandidos 900 mil reais. Estima-se que, no total, os criminosos tenham desviado mais de 1 milhão de reais.
Pelo esquema, os carteiros desviavam as correspondências com os cartões que, depois, eram passados para comparsas. Estes, em seguida, conseguiam desbloquear os cartões, os quais eram usados para comprar produtos eletrônicos, eletrodomésticos e roupas de marca, bem como, para financiar festas. Ao todo, durante os últimos três meses, a DRCT levantou informações de que o crime partia da capital paraense, especificamente, no bairro do Guamá. As denúncias chegaram por intermédio da reclamação de clientes que registraram boletim de ocorrência para comunicar que tiveram seus nomes usados por golpistas em compras. Diante disso, o inquérito foi instaurado para apurar os fatos e identificados os criminosos. Uma das pessoas presas é uma mulher, residente em um condomínio na rodovia Augusto Montenegro. Com ela, carros e artigos de luxo, além de produtos eletroeletrônicos e roupas caras, foram apreendidos.
As investigações mostraram ainda que grande parte das correspondências com cartões desviadas eram procedentes de Macapá, no Amapá; de São Luiz no Maranhão e Natal, no Rio Grande do Norte. Uma das vítimas do golpe foi um militar do Exército que teve um cartão bancário desbloqueado pelos bandidos, que entraram em contato com ele, passando-se por funcionário de banco, para confirmar dados pessoais da vítima por telefone. Os presos e os produtos apreendidos foram levados à sede da DRCO, na travessa Vileta, bairro da Pedreira, periferia de Belém, para responderem pelos crimes de estelionato, formação de quadrilha, receptação e peculato, no caso, dos funcionários dos Correios. As investigações continuam para identificar outras pessoas envolvidas no golpe.
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