PLANO REGIONAL DE SEGURANÇA PARA O MARAJÓ É DISCUTIDO EM BELÉM

O secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Luiz Fernandes Rocha, esteve reunido na manhã desta quinta-feira, 8, no Comando Geral da Polícia Militar, em Belém, com representantes de 16 municípios localizados no arquipélago do Marajó e região das ilhas para discutir o plano de segurança pública para essas localidades. “Várias ações já estão sendo desenvolvidas naquela região, desde o início deste ano, pela área de segurança do governo do Estado. Nossa intenção é dar início à discussão sobre o plano regional de segurança e definir ações imediatas para a região do Marajó”, disse o titular da Segup.

O major Ruy Fernando Menezes Cintra, comandante do 9º Batalhão da Polícia Militar, sediado em Breves, fez um breve relato sobre as dificuldades do sistema de comunicação na região das ilhas. “É fundamental que este sistema seja integrado e que também envolva a Agência de Defesa Agropecuária do Estado, a Secretaria da Fazenda e a Marinha. A falta de veículos e de embarcações adequadas também representa outra dificuldade para garantir o patrulhamento ostensivo realizado pelas polícias na área, nas ações de combate a crimes, como roubos de combustíveis, ação de “piratas” e assaltos a embarcações que navegam nos rios da região”, disse o oficial da PM.
Cristino Martins/Ag. Pará
REUNIÃO NA SECRETARIA
“Precisamos intensificar a fiscalização nos comércios da região, com ações operacionais conjuntas entre as polícias Civil e Militar, a fim de desarticular a venda de produtos roubados”, acrescentou. O comandante do batalhão também solicitou o reforço do efetivo policial para o Marajó.” A nossa demanda é muito grande. Quando há festividades e sessões de tribunal de júri, por exemplo, a tropa que atua na área fica bastante sobrecarregada”, concluiu.

“A integração das polícias é política de governo e uma necessidade imperiosa. Vamos integrar as forças de segurança também no Marajó, e de preferência no mesmo espaço físico. Precisamos também reforçar o combate à prostituição infantil. Isso é grave e exige uma atuação com mais rigor”, destacou Luiz Fernandes Rocha. Segundo ele, outro problema sério é a violência contra a mulher e a atenção aos ribeirinhos.“Ainda neste mês vamos realizar a licitação para aquisição de novas embarcações para a atuação preventiva e repressiva das polícias na região das ilhas. Temos que planejar operações efetivas para a área e identificar imediatamente quais as embarcações de que dispomos e que estão paradas, fazer a manutenção imediata e colocar todas as lanchas em funcionamento nos rios”, afirmou o secretário.

Fernandes informou, ainda, que até dezembro deste ano será concluída a construção de uma nova cadeia pública no município de Breves. E adiantou que a Segup vai viabilizar a capacitação de policiais para dirigir as novas embarcações, com o apoio da Marinha. “Todas estas ações serão imediatas. O governo vai nomear novos delegados que irão atender aquela região e esse incremento vai permitir intensificar as ações de combate ao tráfico de drogas no Marajó,bem como investigar e identificar as áreas de risco. Os órgãos do Sistema de Segurança têm que agir próximos à população para que os moradores das ilhas se sintam protegidos. Além disso, vamos ver quais são os meios necessários para que a comunicação ocorra em tempo real”, informou.

“Gostaria de ressaltar outro problema grave na região do Marajó, que é o tráfico humano, que requer uma atenção específica. Precisamos articular com gestores de demais órgãos parcerias nas ações de enfrentamento a esse tipo de crime. A exemplo do plano de segurança elaborado para a região do Xingu e especialmente para a região de Belo Monte, temos que fechar o plano regional para o Marajó e definir ações prioritárias. Podemos até incluir as ações do Pro Paz Cidadania e do Pro Paz nas Escolas no plano destinado para a região", ressaltou a coordenadora do Pro Paz, Isabela Jatene.

A reunião contou com a presença de representantes do escritório de projetos da Segup, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Superintendência do Sistema Penal do Estado, Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, Centro Integrado de Operações (Ciop), Centro Estratégico Integrado (CEI), Prodepa, Programa Pro Paz, Secretaria de Estado da Fazenda, Companhia Paraense de Turismo (Paratur), Corregedoria da Policia Civil, Instituto de Ensino de Segurança Pública (Iesp), Capitania dos Portos da Amazônia Oriental, Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e Associação dos Municípios do Arquipélago do Marajó (Amam).

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