MATADOR DE TRABALHADOR RURAL EM RONDON DO PARÁ ESTÁ EM PRESÍDIO
Já está encarcerado no Sistema Penitenciário do Estado, o maranhense Joseli Feliciano, 24 anos, assassino confesso da morte do agricultor José Ribamar Teixeira dos Santos, 54. O crime se registrou na quinta-feira passada, no acampamento “Deus é Fiel”, zona rural de Rondon do Pará, sudeste do Estado. O acusado foi preso no sábado pela manhã por equipe de policiais civis comandados pelo delegado José Ricardo Oliveira, superintendente regional da Zona Guajarina, que responde pela região onde está situado o município. Feliciano admitiu ter morto a vítima por desavenças pessoais. As investigações prosseguem para verificar se há envolvimento de outras pessoas no crime, mas, de antemão, já está descartada a motivação por conflitos agrários. José Ribamar era coordenador do acampamento.
De acordo com o delegado, o corpo da vítima foi encontrado no interior da casa em que vivia, em um lote, no acampamento, no dia posterior ao crime, por um morador na região. A equipe policial localizou ainda no mesmo dia o pai do acusado que ajudou os policiais a desvendar o crime e a localizar Joseli. Conforme as investigações, a vítima e o acusado vinham tendo desavenças por causa de um negócio. Joseli também reside no mesmo acampamento situado a 85 quilômetros da sede de Rondon do Pará, em uma estrada vicinal, à altura do quilômetro 133, da rodovia BR-222. Há cerca de um ano, José Ribamar deu uma vaca para Joseli em troca de uma motocicleta. No entanto, Joseli não repassou ao agricultor o veículo. Ainda, segundo apurou o delegado através de relatos, o acusado andava trafegando com a motocicleta pelo acampamento. A partir de então, a vítima passou a cobrar do acusado a entrega da motocicleta que seria roubada.
Tempos depois, algumas cabeças de gado da vítima apareceram com alguns ferimentos provados por corte, o que fez a vítima suspeitar de que Joseli fosse o responsável pelo ato. A vítima, então, passou a tirar satisfações com Joseli. Segundo o preso, ao confessar o crime, José Ribamar teria espalhado no acampamento informação de que ele seria “ladrão”. No dia do crime, Joseli foi até a casa da vítima, que estava sozinha no imóvel, para tirar satisfações. No decorrer da discussão, o acusado sacou um facão e desferiu três golpes na vítima. O primeiro no rosto e o segundo decepou a orelha esquerda. O último golpe foi na garganta. Depois do crime, Joseli ainda lavou o facão e o jogou em um igarapé. Após ser preso, Joseli foi transferido a uma unidade do Sistema Penitenciário, na região metropolitana de Belém, para ficar recolhido à disposição da Justiça. O nome da casa penitenciária não foi revelado por medida de segurança.
Comentários