MANDANTES DE TENTATIVA DE FRAUDE EM VESTIBULAR RESPONSABILIZADOS

Seis vestibulandos responsáveis em contratar os estudantes que fariam a prova do processo seletivo do Cesupa (Centro Universitário do Pará) já foram identificados. A localização e prisão de todos agora é questão de tempo. Onde eles estiverem serão encontrados. As informações foram repassadas pela Polícia Civil e Cesupa que apresentaram, no final da manhã desta segunda-feira (14), mais detalhes sobre as investigações que culminaram nas prisões em flagrante de oito pessoas envolvidas em um esquema fraudulento.

Sete delas atuaram como "dublês", passando-se por outras pessoas para fazer a prova no lugar delas, mas o golpe foi descoberto pela universidade. As informações foram prestadas, em entrevista coletiva a jornalistas, no campus de Direito do Cesupa, na Avenida Alcindo Cacela, bairro de Nazaré. Participaram o vice-reitor da universidade, Sérgio Mendes; e os delegados Rogério Morais, da Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe), e Cláudio Galeno, diretor do Núcleo de Inteligência Policial da Polícia Civil. As investigações foram realizadas durante a operação denominada "CDF" (Candidato Falso).


A informação sobre o esquema fraudulento chegou ao conhecimento da Polícia Civil em 10 de setembro deste ano, quando um e-mail anônimo foi enviado à universidade informando sobre a fraude. O fato foi comunicado à Polícia Civil que passou a investigar a denúncia. Um dos presos é Gleison Alves Moreira, de 35 anos, considerado o líder do bando. Ele foi quem arregimentou pessoas – a maioria estudantes de Medicina em faculdades situadas em outros Estados, como São Paulo, Tocantins e Goiás - para participar do esquema no qual iriam fazer as provas no lugar dos candidatos ao curso de Medicina. Para tanto, seriam recompensados com quantias em que variavam entre R$ 10 mil e R$ 15 mil. Ao todo, cada aprovação no vestibular custaria R$ 30 mil, sendo metade ao contratado e a outra metade a Gleison. O pagamento dos valores seria feito pelos próprios candidatos após a aprovação no vestibular.

Em Belém, Gleison Moreira prestou apoio aos falsos vestibulandos no pagamento de diárias de hospedagem em um hotel, no centro da cidade, e no transporte dos estudantes, além de acompanhar pessoalmente o certame do vestibular. Ele também foi o responsável pela falsificação dos documentos usados pelos estudantes. Com ele, uma máquina de imprimir documentos de identidade foi apreendida. Além de Gleison, foram presas Verônica da Silva Soares, 23 anos; Sthephanny Maria da Silva, 22; Anna Karla Ribeiro Souza, 18; Déborah Marques Gonçalves, 19, e Ana Carla Milhomem Viana, 20, e presos Gustavo Cunha Silva, 23, e Tiago Vinícius Silva Fernandes, 20. Sérgio Mendes, do Cesupa, garantiu que o processo seletivo da universidade não será anulado, pois não houve qualquer fraude nas provas, bem como os falsos candidatos foram identificados antes de começar a responder as questões.

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