DELEGADO-GERAL REÚNE-SE COM MOVIMENTOS SOCIAIS NA CAPITAL
DELEGADO-GERAL CONVERSA COM COMUNITÁRIOS |
Promover a aproximação entre as instituições da sociedade civil organizada e a Polícia Civil para estabelecer vínculos e discutir alternativas para a área de Segurança Pública. Esse será o objetivo de encontros mensais que envolverão líderes comunitários, representantes de instituições sociais e de organizações não-governamentais da Região Metropolitana de Belém e interior do Estado e representantes do Sistema de Segurança Pública. O primeiro encontro foi realizado nesta terça-feira, 29, no auditório da Delegacia-Geral da Polícia Civil, em Belém. Sob coordenação da assessora de Relações Interinstitucionais da Polícia Civil, Waldenize Braga, a reunião contou com a presença do delegado-geral Nilton Atayde que conversou por mais de uma hora com cerca de 50 pessoas que representaram bairros de Belém, como Jurunas e Tapanã, e distritos como Mosqueiro e Cotijuba, além de municípios como Barcarena, no Baixo-Tocantins.
COMUNITÁRIO FAZ PEDIDOS |
O encontro, o delegado-geral relatou algumas medidas adotadas pelo Governo do Estado para melhoria da Segurança Pública no Estado. “Estivemos agora a pouco em uma reunião na Secretaria de Obras Públicas para tecer uma cooperação técnica para realização de obras em Delegacias. Adquirimos recentemente mais 150 novas viaturas via processo de locação”, informou. Ele citou ainda os novos serviços de Identificação criados no ano passado – o agendamento para emissão da carteira de identidade por telefone ou via internet, e a emissão gratuita do documento de antecedentes criminais pelo site da Polícia Civil, que facilitaram a vida das pessoas.
MOMENTO DE APELOS |
“Você agora não precisa mais vir do interior até Belém para solicitar os antecedentes criminais e aguardar até 15 dias para receber o documento. Você agora pode obter o documento bastando acessar a internet no computador”, enfatizou. Para Atayde, a sociedade está hoje em dia mais organizada e mais exigente, mas não se pode pensar em segurança pública se as pessoas não participarem do processo de combate à violência. “Não se pode combater a criminalidade apenas com Polícia”, salientou, ao ressaltar que a contenção da criminalidade também passa por políticas públicas voltadas, por exemplo, à educação. Para isso, é preciso que a comunidade esteja unida e organizada. O delegado-geral frisou que a Polícia Civil está empenhada para o combate à criminalidade. “Vamos continuar fazendo nosso trabalho de investigação, desvendando e mostrando a materialidade dos crimes”, explicou, citando exemplos de casos desvendados pela Polícia Civil, como as mortes dos extrativistas em Nova Ipixuna, e a do vigilante Joelson Ramos, no ano passado, e mais recentemente do estudante Patrick Botelho, em Mosqueiro.
ENCONTRO COM COMUNIDADE |
No encontro, os representantes das comunidades puderam fazer perguntas e solicitações ao delegado-geral. Um deles solicitou a instalação de uma Delegacia no bairro do Tapanã. Outro cobrou uma presença maior de policiais na ilha de Cotijuba, região insular de Belém. “No Tapanã já vimos um grande terreno. Já oficiamos à Secretaria de Segurança Pública para criar uma unidade integrada de Polícia no local”, explica. Quanto à Ilha de Cotijuba, o delegado-geral avaliar a criação de uma estrutura para atender à região, com a presença de um delegado e um escrivão, ao menos, uma vez por semana, para atender a população. Nilton Atayde explicou que tudo também vai depender de pessoal para atuar nesses locais, pois a Polícia Civil ainda enfrenta problemas com carência de efetivo. Já há um concurso público para 600 vagas de policiais civis definido e com edital prestes a ser lançado. De acordo com Waldenize Braga, o objetivo é fazer reuniões mensais e agregar outros representantes do Sistema de Segurança Pública, como Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar, para debater as questões relativas ao tema junto com as comunidades.
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