OPERÁRIOS MORREM AO TOMAR DOSE DE CACHAÇA EM AURORA DO PARÁ

Uma dose suspeita levou dois trabalhadores à morte ontem em Aurora do Pará, nordeste do Estado. Gledson Paulo Saldanha, de 33 anos, de apelido Didão, e Francisco Gilbervanio de Oliveira Silva, 30, de apelido Pareia, naturais do Ceará, morreram após ingerir uma bebida alcoólica, na área da fazenda do Areial, na localidade de Lorde, zona rural do município. O líquido foi apreendido e encaminhado para perícia no Instituto Médico Legal em Castanhal. De acordo com o delegado Idernério Pamplona, titular da Polícia Civil em Aurora do Pará, um empregado da fazenda, de nome José Maria, relatou que o fato se passou por volta de 9 horas da manhã, quando um grupo de cinco trabalhadores rurais, entre os quais as vítimas, preparavam um churrasco no interior da propriedade.

A testemunha relatou que, pela manhã, o grupo de trabalhadores resolveu preparar um churrasco na fazenda, aproveitando o clima de carnaval. Gledson foi à sede da cidade comprar uma carne para fazer o churrasco e trouxe ainda um litro da cachaça conhecida por 51. Enquanto preparavam o churrasco, Didão disse que ia tomar uma dose de 51 para abrir o apetite. Francisco Gilbervarnio, que trabalhava como motorista do caminhão do patrão, pegou uma garrafa do tipo pet plástica, de cor amarela, sem lacre, que guardava consigo, informando aos colegas que iria tomar daquela cachaça que seria melhor do que a 51. Ele serviu uma dose para Gledson e bebeu junto com o colega. 

Segundo a testemunha, em cerca de quatro minutos, os dois começaram a se sentir mal. “Eles reclamavam de dores na barriga, tiveram vômito e babavam. Depois tiveram convulsões”, afirmou a testemunha, segundo apurou o delegado. Com isso, o grupo de trabalhadores rurais prestou socorro aos dois, levando-os até um hospital em Mãe do Rio, cidade próxima a Aurora do Pará. Francisco morreu enquanto era atendido na unidade de saúde em Mãe do Rio. Devido à gravidade do outro trabalhador, ele foi transferido de ambulância para o Hospital Metropolitano. No entanto, durante o caminho, o estado de saúde do paciente se agravou e ele deu entrada na unidade de emergência do hospital em Castanhal, mas não resistiu e morreu no local. Os corpos foram removidos ao IML em Castanhal assim como a garrafa com o líquido que vai passar por perícia.

Segundo o delegado, a garrafa apresentava um rótulo escrito “Gol” de cor laranja. A garrafa plástica é de cor amarelada apresentava um líquido escuro com cheiro característico de cachaça. “Vamos aguardar o resultado da perícia para saber do que se tratava”, informou o delegado, que instaurou inquérito policial para apurar o fato. Conforme o delegado, as duas vítimas eram amigas e trabalhavam em uma área de extração de areia, daí o nome da fazenda. Ainda, de acordo com o delegado, as famílias dos trabalhadores serão ouvidas nos próximos dias para investigar as vidas pessoais deles.

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