MILITARES DO PARÁ DEMONSTRAM DEDICAÇÃO NO TRABALHO

O juramento feito ao entrar no Corpo de Bombeiros, há 18 anos, foi o que motivou o cabo Sérgio Mesquita a quebrar a principal regra ensinada ainda na academia, durante a formação para se tornar um militar da corporação. No dia 8 de julho deste ano, ele ficou conhecido por salvar a vida do jovem Elvis Lee Ferreira Feitosa, 19 anos, que inconformado com o fim do namoro, subiu em uma torre de alta tensão e ameaçou se atirar de uma altura de mais de 40 metros. No juramento, os militares prometem dedicar-se inteiramente ao serviço policial militar, à manutenção da ordem pública e à segurança da comunidade, mesmo com o risco de vida. A primeira regra do salvamento aéreo é manter a segurança pessoal acima de qualquer situação. No caso de Elvis, o militar não teve dúvidas. 

MILITAR DOS BOMBEIROS DO PARÁ
Após quase quatro horas de negociação, a vítima, irredutível, foi vencida pelo cansaço e desmaiou, tombando para o vazio. O cabo Mesquita deixou de lado a segurança pessoal e conseguiu segurar o jovem pelo braço. “Eu não iria ser mais um expectador. Fui treinado para lidar com essas situações e não poderia tê-lo perdido naquele momento”, conta. Tanta dedicação e esforço lhe renderam o título de herói, que ele, humildemente, diz ser um exagero. As ocorrências de tentativa de suicídio, conta, são bastante comuns, e além das técnicas de salvamento, o militar destacado para a negociação precisa usar psicologia. “Fui muito elogiado pelos amigos militares e por meus superiores. A população me chamou de herói, mas o elogio de que mais gostei foi do meu filho, que me chama de homem aranha”, afirma. 

Reconhecimento – A conduta do militar foi considerada um ato de extremo profissionalismo dentro da corporação. Mesmo desconsiderando as técnicas, ele agiu com heroísmo ao salvar a vida da vítima. O ato lhe renderá uma promoção funcional. Em 24 de novembro, quando a corporação completa 180 anos, o cabo Mesquita passa à patente de sargento. “Ele teve a ânsia de salvar uma vida, demonstrando audácia, coragem e rigor, e com certeza terá a postura reconhecida”, justifica o comandante geral do Corpo de Bombeiros, João Hilberto. Os atos de heroísmo não são exclusivos do sexo masculino. Em fevereiro deste ano, durante a Caravana Pro Paz Marajó, a cabo da Polícia Militar Lúcia Brito também surpreendeu a todos com a demonstração amor e ajuda ao próximo. 

Ao ser interpelada pelos familiares da aposentada Raimunda Sena, 78 anos, em Oeiras do Pará, a militar se tornou um verdadeiro anjo da guarda da família. Além de indicar todos os caminhos para o atendimento da aposentada, Lúcia também carregou nas costas a mulher, que não podia andar. O trabalho só terminou quando a idosa conseguiu ganhar a cadeira de rodas. “É um sentimento difícil de explicar, assim como a sensação ao ver uma pessoa tão necessitada feliz por ter conseguido atendimento. Raimunda foi apenas uma das centenas de pessoas que cruzaram meu caminho e com certeza receberam a minha ajuda”, diz. Apesar de se tornarem candidatos à promoção funcional, ambos os militares afirmam que no momento da ocorrência é difícil pensar em si mesmo. 

“Fui para a caravana para fazer a segurança dos servidores que estavam trabalhando, mas a necessidade daquelas pessoas era tão grande que todos que participam da ação se envolveram, inclusive os militares. Espero ter outras oportunidades de ajudar os mais necessitados”, anseia cabo Lucia. O comandante da Polícia Militar do Pará, coronel Daniel Mendes, destaca a ação da cabo Lúcia Brito no episódio da Caravana Pro Paz Cidadania, na ilha do Marajó. “Esse servidor que deixa a cidade e os amigos para garantir a segurança nos lugares mais longínquos tem o que chamo de sentimento do dever e de humanidade, que se mescla com o preparo técnico-profissional”, comenta. Para ele, a sensibilidade para o trato com as pessoas é a diferenciação necessária para o atendimento de cada ocorrência para que a Polícia Militar é chamada. Fonte: Agência Pará de Notícias.

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