BANCOS TÊM 120 DIAS PARA CUMPRIR LEI DE BARREIRAS VISUAIS

As agências bancárias de todo o estado têm 120 dias para cumprir o que determina a lei 7.670 de 2012, que determina a instalação de barreiras visuais na frente dos caixas. Sancionada, na ultima quarta-feira (31), pelo governador do Pará, Simão Jatene, a nova lei tem como principal objetivo garantir segurança dos clientes dentro das agências, evitando principalmente os crimes conhecidos como saidinha bancária. De acordo com a lei, as barreiras visuais devem ser confeccionadas em material opaco e ter altura mínima de 1,8 metros. As instituições financeiras, em parceria com as entidades de classe representativa dos bancários, são responsáveis pela definição do modelo de estrutura a ser usado. Segundo a presidente do Sindicato dos Bancários, Rosalina Amorim, a publicação da lei é considerada uma vitoria da categoria e especialmente para a população do estado. “Quando não se tem uma barreira impedindo a visualização da transação bancária que o cliente faz no caixa, automaticamente esse cliente fica vulnerável ao sair da agência”, ressalta.

Eunice Pinto/ Ag. Pará
TERMINAIS DE AUTOATENDIMENTO DO BANPARÁ
O Banco do Estado do Pará (Banpará) foi pioneiro na instalação do equipamento. Na capital são 14 unidades do Banpará e em todo estado mais 50 agências estão distribuídas em diversos municípios. A primeira unidade a adotar o mecanismo de segurança foi a Agência Nazaré, em 2007. De acordo com a gerente Rosa Cunha, foram os próprios clientes que solicitaram à gerencia do banco, um dispositivo que impedisse as transações bancárias, em razão do grande numero de assaltos nas saídas dos bancos. “Nós recebíamos um grande numero de reclamações sobre assaltos na saída das nossas agências. Com o biombo as operações ficaram mais reservadas e os clientes aprovaram a medida de segurança”, explica. 

O auto-atendimento das agências do Banpará também dispõe de divisórias, além da porta giratória na entrada da agência. Para melhor funcionamento dos mecanismos de segurança, os agentes de segurança que atuam na instituição também passam por cursos de reciclagem constantes, garantindo assim a total funcionalidade das medidas. Além do Banpará, as agências da Caixa Econômica Federal também já trabalham dispondo do mecanismo de segurança. 

Para o servidor público Carlos Pacheco de Vilhena, que é correntista há mais de 10 anos do Banpará, a instalação das barreiras visuais reduz consideravelmente o risco de assaltos na saída dos bancos. “Esse tipo de crime se baseia principalmente na observação daquele cliente que retira grandes quantias nos caixas. A barreira impede esse tipo visualização e o cliente fica mais a vontade para fazer suas transações”, observa. O banco que não cumprir a lei será notificado e terá 30 dias para se adequar. Persistindo a desobediência, será aplicada multa diária de mil Unidades Padrões Fiscais do Estado e em ultimo caso, a instituição bancária pode ser fechada. 

Redução - De acordo com o relatório divulgado pela Secretaria de Inteligência e Análises Criminais (Siac), vinculada à Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), de janeiro a agosto de 2012 houve uma redução significativa do golpe conhecido popularmente como “saidinhas de banco”, em comparação ao mesmo período do ano passado. Segundo o estudo, a redução em 2012 foi de 32,37% em todo o estado do Pará. Em números absolutos, esse percentual representou 78 golpes a menos aplicados nos clientes bancários ao deixar agências, em relação a 2011. O relatório também aponta que a região sudeste do estado teve a maior redução do crime. 

A localidade apresentou uma diminuição de 85,11% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Nos meses de janeiro a agosto de 2011, 239 assaltos a correntistas ocorreram em todo o estado, sendo 137 no interior e 102 na Região Metropolitana de Belém (RMB). No mesmo período de 2012 foram 161 em todo o estado, sendo 86 no interior e 75 na RMB, ou seja, uma redução de 26,47% na capital e redondezas e 37,23% no interior. “Não há duvidas que medidas como a colocação de barreiras visuais na frente dos caixas ajudou a minimizar os riscos dessa modalidade de crime”, afirma Antônio Faria, secretário adjunto da Siac. Fonte: Agência Pará.

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