DESARTICULADO ESQUEMA DE "DISQUE-DROGAS" EM XINGUARA

Os investigadores Silvio André e Danilo Gondim e o escrivão Hamilton do Carmo, sob o comando do delegado Orimaldo Farias, prenderam em flagrante, nesta sexta-feira, 23, os traficantes de drogas Marcos Rodrigues Barros e Milton Fernandes Sobrinho, em Xinguara, no sudeste do Pará. Os dois são acusados de comandar um esquema de tráfico de drogas, conhecido como "Disque-Drogas", em que entorpecentes são vendidos por meio de ligações via telefone celular. O flagrante é resultado da Operação "Graham Bell", nome alusivo ao inventor do telefone. 

Presos com drogas apreendidas
PRESOS E MATERIAL APREENDIDO COM ACUSADOS
Levantamentos feitos pela equipe policial levaram à descoberta do esquema de tráfico de drogas, em Xinguara, onde a venda de entorpecentes funcionava apenas através de telefonemas. "O viciado liga para o traficante e pede a droga. Em seguida, o criminoso vai ao local, onde ele combina o local e hora de entrega e o pagamento pela droga", explica o delegado. Segundo o policial civil, trata-se de uma evolução do comércio ilegal de drogas, pois as chamadas "bocas-de-fumo", os pontos de venda de drogas, estão sendo extintas, já que representam uma fragilidade para a prisão do traficante de drogas. 

Diante dos fatos, a equipe de policiais da Delegacia de Xinguara arquitetou a operação policial para desarticular o crime. Foram dois dias seguidos de levantamentos para chegar às prisões dos acusados. Os policiais tiveram de se disfarçar, utilizar veículos descaracterizados e fazer campanas até o momento preciso de prender os acusados. "As prisões dos traficantes representam uma forte baixa no esquema do tráfico de drogas da região sudeste do Pará, pois Milton e Marcos eram considerados donos de postos importantes no cartel do tráfico de entorpecentes nesta região do Estado", ressalta o delegado Orimaldo Farias, ao ressaltar que as prisões deles ocasionaram prejuízo enorme aos bolsos dos "patrões". 

Com ambos foram apreendidos um total de 25 pedras de "crack" e aproximadamente R$ 750 em dinheiro. Segundo o delegado, atualmente, os responsáveis pela venda de drogas preferem guardar as drogas em locais aleatórios para dificultar o trabalho policial e ficam em posse de quantidades menores para fazer a entrega aos "clientes".

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