COMEÇA JULGAMENTO DO CASO DA MORTE DE EXTRATIVISTAS EM MARABÁ
As primeiras testemunhas ouvidas durante o julgamento dos três acusados de matar os trabalhadores rurais José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva, que iniciou nesta quarta-feira (3) no Fórum de Marabá, afirmam que as vítimas eram constantemente ameaçadas. A quarta testemunha a prestar depoimento, amigo de José Cláudio, foi enfático ao incriminar os réus, dizendo que os três planejaram e executaram o casal por conta de disputas de terras na região.
José Rodrigues Moreira, Lindonjonson Silva Rocha e Alberto Lopes do Nascimento devem ser acusados por 14 testemunhas e defendidos por outras 13. O julgamento, que começou na manhã desta quarta-feira (3), deve durar até esta quinta-feira (4).
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PRESOS SÃO JULGADOS |
Cerca de 30 policiais militares foram designados para reforçar a segurança do fórum.
A primeira testemunha ouvida foi José Maria Gomes Sampaio, cunhado de Maria. Em seguida, foi a vez da irmã de Maria, Laísa Sampaio, que voltou a afirmar que o casal recebia constantes ameaças de morte por denunciar a extração ilegal de madeira na região. Laísa, que continua vivendo no assentamento do Projeto Agroextrativista Praialta-Piranheira, uma reserva ambiental amazônica onde José Cláudio e Maria trabalhavam extraindo castanha, diz também ter recebido ameaças de morte.
O nome da terceira testemunha a depor ainda não foi confirmado pela assessoria do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA). Outras pessoas ainda vão ser ouvidas ao longo da noite. Cláudio e Maria foram assassinados a tiros em maio de 2011, em um assentamento em Nova Ipixuna, no sudeste do Pará.
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