POLÍCIA CIVIL DESVENDA DESAPARECIMENTO DE GRÁVIDA EM MARITUBA

A Polícia Civil desvendou hoje mais um caso de violência. Foi encontrando o corpo de uma mulher que estava grávida de oito meses e que foi assassinada, de forma cruel, junto com o bebê, que foi retirado de seu ventre pela autora do crime, que já está presa. Tudo porque a acusada teve uma gravidez psicológica e queria a todo custo obter uma criança para apresentar ao namorado como se fosse sua filha. A vítima teve o corpo enterrado numa mata atrás da casa da assassina.  

Corpo de grávida desaparecida é encontrado em mata (Foto: J.R.Avelar)
LOCAL ONDE O CORPO FOI ACHADO
A vítima, Elizabeth Cardoso da Conceição, de 25 anos, estava desaparecida desde o último dia 11, quando foi vista pela última vez na Praça Matriz de Marituba, na região metropolitana de Belém, onde trabalhava vendendo guaraná. O corpo dela foi encontrado hoje à tarde em uma mata localizada na rua São José, em Marituba. A mata fica aos fundos da casa da acusada, Cátia Cilene Nascimento Ferreira, 28 anos, que confessou o crime, hoje, em depoimento na Divisão de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), aos delegados Eder Mauro, titular da DRFR, e Maria Lúcia Santos, da Divisão de Homicídios.

CÁTIA ESTÁ PRESA
Cátia foi presa, no último dia 26, em poder de objetos roubados e autuada por receptação dolosa. Hoje, a Justiça decretou a prisão preventiva dela pelo homicídio. Em depoimento, a presa admitiu que atraiu a vítima até sua casa, sob alegação de que iria ajudá-la dando-lhe de presente um enxoval completo. Mas, no local, a acusada atacou a gestante primeiramente com um golpe violento na cabeça, usando uma pá, que quebrou o crânio, e gerou diversas perfurações na vítima. Depois, com a vítima ainda atordoada com os ferimentos, a acusada abriu-lhe a barriga com uma lâmina de barbear, no sentido vertical, de cima para baixo, e retirou o bebê do ventre de Elizabeth. 


A vítima ainda agonizando e pedindo socorro foi morta a pedradas na cabeça pela acusada, que arrastou o corpo até um buraco e ali ocultou o cadáver. Após ser ouvida, a presa retornou ao Presídio Feminino do Coqueiro. Segundo o delegado Éder Mauro, a acusada levou o bebê recém-nascido até a maternidade da Santa Casa de Misericórdia, em Belém, alegando ser a mãe da criança. No entanto, o bebê não resistiu e morreu ainda no último dia 11, dia do crime. O corpo teria sido enterrado no cemitério público do Tapanã, em Belém, mas, para confirmar a informação, o corpo da criança deverá ser exumado. 

CORPO É RESGATADO
A Santa Casa de Misericórdia do Pará confirmou que o bebê chegou ao hospital em uma ambulância do Corpo de Bombeiros, mas já estava morta ao dar entrada na casa de saúde. A suposta mãe que acompanhava o bebê relatou que teria dado à luz a criança em casa. Depois, a mulher foi encaminhada para avaliação médica, mas se recusou a receber o atendimento. O corpo do bebê chegou a ser encaminhado ao Centro de Perícias Científicas Renato Chaves para exame pericial. 

O delegado Éder Mauro disse que as investigações ainda não terminaram, pois afirma que o crime não foi cometido apenas por Cátia, que teria contado com a ajuda do companheiro para ocultar o corpo. Esse suspeito está sendo procurado para ser ouvido. Ainda, segundo o delegado, a motivação do crime também está sendo apurada. O delegado afirma que a motivação mais forte é de que o crime foi premeditado pela acusada que pretendia apresentar a criança ao namorado como sendo sua filha. 

Mas o policial civil não descarta outras duas hipóteses. Uma delas é de ritual de magia negra e a outra de crime passional. A primeira hipótese gira em torno do fato de que há relatos de que um suposto macumbeiro teria participado do crime. Outro relato que surgiu durante as investigações foi de que a acusada teria cometido o crime, para se vingar de um suposto envolvimento amoroso da vítima com um ex-namorado. O delegado frisa, porém, que todas as hipóteses para motivação do crime serão investigadas.

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