POLÍCIA CIVIL DESMANTELA ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS QUE EXPLORAM JOGOS DE AZAR

A Polícia Civil divulgou os resultados da operação “Efeito Dominó” deflagrada, no início da manhã desta sexta-feira, 6. Ao todo, 70 pessoas presas, 37 delas em cumprimento de mandados judiciais de prisão e as demais em flagrante. Mais de R$ 2 milhões em dinheiro foram apreendidos. As informações foram repassadas, durante entrevista coletiva a jornalistas, na plenária do Conselho Superior da Polícia Civil (Consup), na Delegacia-Geral. Sob presidência do delegado-geral, Rilmar Firmino, e da delegada-geral adjunta, Christiane Ferreira, a apresentação das informações contou ainda com as presenças dos delegados Ricardo Caçapietra e Cláudio Galeno, da Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal, da Secretaria de Segurança Pública; e dos promotores de Justiça do Pará, Milton Menezes e Arnaldo Azevedo. O objetivo da operação é desmantelar organizações criminosas que exploram ilegalmente os jogos de azar. Um dos presos é Luiz Drummond, filho do conhecido bicheiro do Rio de Janeiro, Luizinho Drummond, presidente da Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense, da capital carioca.

DINHEIRO APREENDIDO
BUSCA E APREENSÃO
A operação foi iniciada por volta de 6 horas da manhã, com a presença de policiais civis, da capital e interior do Estado, e policiais militares, para dar cumprimento às mais de 60 ordens judiciais de prisão e de busca e apreensão. Todos os materiais apreendidos - como talonários de apostas, documentos de contabilidade, cadernos de anotações, placas de divulgação de resultados de jogo de bicho, equipamentos de informática, máquinas de caça-níquel, armas de fogo, entre outros objetos - foram levados para a Delegacia-Geral para conferência e auto de apreensão. Entre as quantias em dinheiro, grande volume de moedas foi apreendido e será conferido em instituições bancárias. Todas as pessoas presas também foram apresentadas na sede da Polícia Civil, para serem ouvidas em depoimentos. 

APREENSÕES
Polícia Civil prende 70 pessoas e apreende mais de R$ 2 milhões em operação
POLICIAIS CHEGAM À DELEGACIA-GERAL
Ao todo, 300 policiais civis e militares foram mobilizados para atuar na ação. As equipes foram deslocadas a diversos pontos da capital e no município de São João de Pirabas, nordeste do Pará, para dar cumprimento aos mandados de busca e apreensão e de prisões preventivas e temporárias. Somente em um dos pontos vasculhados pelos policiais na capital paraense foram encontrados R$ 180 mil. Por volta das 6 horas, um dos primeiros alvos da polícia foi a sede administrativa e financeira da banca de bicho Parazão, uma das mais ativas no Pará, que funcionava em uma casa de três andares localizada na rua Cipriano Santos, no bairro de Canudos. 

Apreensões de máquinas caça-níquel
CAÇA-NÍQUEIS APREENDIDOS
Lá, os policiais recolheram diversos tipos de documentos. Um deles, inclusive, revelava que a arrecadação diária do grupo girava e torno de R$ 1 milhão. “Com o pagamento dos prêmios, o lucro líquido deles ficava entre R$ 100 a R$ 200 mil por dia”, informou o promotor Milton Menezes. Outros materiais encontrados, como celulares, discos rígidos de computadores, comprovantes de movimentação e nomes de pessoas envolvidas na atividade também foram coletados. “Todo esse material foi recolhido e levado para a Delegacia-Geral. Alguns também foram levados para o Centro de Perícias Científicas Renato Chaves. Ao mesmo tempo, nós já vamos incluí-los no inquérito policial”, explicou o delegado Ricardo Caçapietra, que comandava a equipe. 

REUNIÃO COM POLICIAIS ANTES DO INÍCIO DA OPERAÇÃO
Assim que chegaram ao local, três homens foram identificados pela equipe, dois deles responsáveis pela limpeza e outro pela vigilância do local. Todos foram liberados. Na passagem Tabajara, entre a Alcindo Cacela e a Padre Eutíquio, a equipe comandada pelo delegado Marcos Mileo, vasculhou uma casa de jogos. No local foram apreendidas diversas máquinas caça-níquel e mesas de jogos, além de documentos. Em outro estabelecimento, de médio porte, na rua Veiga Cabral, onde funcionava a sede da banca Bonanza, a equipe policial recolheu uma grade quantidade de “pólices” em branco. “Apesar do local estar vazio quando chegamos, a quantidade desses boletos comprovam que eles tinham uma atuação significativa na cidade”, observou o delegado Marcos Mileo, responsável pela busca. 

BUSCA E APREENSÃO
Segundo o delegado Rilmar Firmino, os bicheiros do Pará, assim como acontece na Bahia e no Rio de Janeiro, usufruíam de um sofisticado sistema, que além das apostas, permitia a venda de recargas de celular. “Essa tecnologia das máquinas é fornecida por empresas baianas, que possibilitam a aposta e a venda”, detalha. Algumas das empresas investigadas teriam ligação com o modus operandi do bicheiro Carlinhos Cachoeira e também foram alvo da operação “Dedo de Deus”, conduzida pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro no ano de 2011 e da operação “Aposta”, conduzida pela Polícia Federal no ano de 2007. A operação também acontece nos Estados do Rio de Janeiro e da Bahia, com apoio das Secretarias de Segurança Públicas dos dois Estados. Na Bahia duas pessoas já foram presas.

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