POLÍCIA CIVIL PRENDE ENVOLVIDOS EM ESQUEMA PARA TRÁFICO DE MULHERES DE BELÉM PARA SÃO PAULO
A Polícia Civil, por meio da Divisão Especializada no Atendimento à
Mulher (DEAM), flagrou, no início da madrugada de hoje, um esquema de
tráfico de mulheres que seriam submetidas à prostituição no Estado de
São Paulo. Seis mulheres foram encontradas, no Aeroporto Internacional
de Belém, junto com o homem apontado como o aliciador, responsável em
adquirir os bilhetes das passagens aéreas para levá-las para fora do
Pará. Identificado como Roger Rocha, 44 anos, natural de São Paulo, ele
foi preso em flagrante e autuado por tráfico interno de pessoas. Com
ele, todos os documentos de identidade das mulheres foram encontrados.
Durante a manhã, outra pessoa foi presa acusada de envolvimento no crime
no município de Inhangapi, nordeste do Pará, por policiais civis da
Superintendência Regional do Salgado.
O cabeleireiro José Guedes, 25, é apontado como o responsável por intermediar o aliciamento das mulheres nesse município e de mantê-las em sua casa até serem levadas por Roger Rocha ao Aeroporto, em Belém. O flagrante resultou de uma denúncia anônima recebida, na manhã de ontem, por uma Delegacia no interior do Pará. A informação, explica a delegada Sandra Veiga, responsável pelo inquérito, foi repassada para a DEAM, em Belém. Segundo ela, a denúncia era de que um homem iria sair em um voo para São Paulo, a partir do Aeroporto Internacional de Belém, com cerca de seis mulheres, que seriam prostituídas em uma boate, naquele Estado. Com a informação, as investigações foram iniciadas para se levantar os horários de voos para São Paulo, junto às companhias aéreas, com apoio da Delegacia do Aeroporto e da Companhia de Polícia Turística (CPTUR), da Polícia Militar, sediada no Aeroporto.
O cabeleireiro José Guedes, 25, é apontado como o responsável por intermediar o aliciamento das mulheres nesse município e de mantê-las em sua casa até serem levadas por Roger Rocha ao Aeroporto, em Belém. O flagrante resultou de uma denúncia anônima recebida, na manhã de ontem, por uma Delegacia no interior do Pará. A informação, explica a delegada Sandra Veiga, responsável pelo inquérito, foi repassada para a DEAM, em Belém. Segundo ela, a denúncia era de que um homem iria sair em um voo para São Paulo, a partir do Aeroporto Internacional de Belém, com cerca de seis mulheres, que seriam prostituídas em uma boate, naquele Estado. Com a informação, as investigações foram iniciadas para se levantar os horários de voos para São Paulo, junto às companhias aéreas, com apoio da Delegacia do Aeroporto e da Companhia de Polícia Turística (CPTUR), da Polícia Militar, sediada no Aeroporto.
ROGER ROCHA E JOSÉ GUEDES: TRÁFICO DE PESSOAS |
Já à noite, veio a confirmação de que haveria um voo previsto para 1 hora da manhã, para São Paulo. A equipe policial da DEAM passou a monitorar a chegada dos passageiros, até o momento em que o grupo de mulheres apareceu no local, já por volta de meia-noite. Abordadas pelos policiais, as mulheres confirmaram que seus documentos estavam em poder de Roger Rocha.
Ele conduzia um carro, modelo Pajero branco, com placa com São Paulo, usado para levar as mulheres, desde Inhangapi até o Aeroporto. Na sede da DEAM, em depoimento, as mulheres confirmaram que receberam propostas tentadoras por parte de Rocha, que as prometeu ganhos elevados para trabalhar em uma casa noturna em São Paulo, inicialmente, como balconistas, mas que estariam livres para fazer programas sexuais, nos quais poderia ter ganhos financeiros de até R$ 500 por programa.
Ao ser ouvido, Roger Rocha identificou-se como "Toni", mas depois revelou seu nome real. Ele alega que tem vindo ao Pará há cerca de nove meses e que seria dono de uma propriedade rural em Marapanim. Alega que o objetivo era levá-las para trabalhar em São Paulo, mas nega o esquema de prostituição.
Segundo a delegada, as mulheres aliciadas são todas do interior do Estado, de cidades como Castanhal e Inhangapi. Todas têm em torno de 20 anos de idade e são de famílias humildes. Ainda, conforme a policial civil, não foi a primeira vez que casos de tráfico de mulheres são descobertos no Pará. "Percebemos que as mulheres aliciadas são oriundas do interior do Estado", constata, ao enfatizar que, pela condição de pobreza, muitas acabam ludibriadas pelo mundo de fantasia criado pelo aliciador para convencê-las a viajar.
Em depoimento, as mulheres afirmaram que os pais não tinham conhecimento de que iriam viajar para fora do Estado. "Teve uma delas que disse aos pais que iria dar uma saída rápida, na esquina de casa, e que já voltaria, porém foi se encontrar com o aliciador", detalha. A delegada Sandra Veiga informa que as investigações serão aprofundadas para identificar outros envolvidos no crime, inclusive a ponta da rede de tráfico de mulheres para prostituição, baseada no Estado de São Paulo.
PRESOS |
Segundo ele, uma das mulheres, que já era conhecida sua, em Inhangapi, apresentou os demais como seus amigos e teria dito que eles estavam ali porque iriam fazer uma festa de despedida, pois iriam viajar para São Paulo, para trabalhar em uma boate. Ele contou à delegada que, no dia seguinte, mais duas mulheres se juntaram ao grupo durante encontro em um igarapé, na zona rural do município. Ainda, segundo ele, na quarta-feira, o grupo deixou o local, no carro dirigido por "Toni", rumo à Belém, para apanhar o voo até São Paulo. José Guedes alega que não conhecia "Toni" e que não sabia que ele seria um aliciador de mulheres, no entanto, as declarações prestadas pelas vítimas desmentem o acusado. Tanto Roger Rocha quanto José Guedes foram autuados por tráfico interno de pessoas e ficarão recolhidos à disposição da Justiça.
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