POLÍCIA CIVIL PRENDE FALSO POLICIAL CIVIL QUE EXTORQUIA PESSOAS NA GRANDE BELÉM

A Polícia Civil, por meio da Divisão de Crimes Funcionais (DECRIF), órgão da Corregedoria-Geral, cumpriu, nesta terça-feira, 21, o mandado de prisão preventiva decretado contra Reginaldo Favacho Cavalheiro, 41 anos, acusado de se passar por policial civil para praticar extorsão a pessoas com antecedentes criminais. Ele foi preso, à tarde, no Conjunto Cidade Nova 6, bairro do Coqueiro, em Ananindeua, na Região Metropolitana. Ao ter o carro revistado, o acusado foi flagrado com uma blusa da Polícia Civil, um distintivo de detetive profissional, uma tesoura para corte de ferro, um binóculo e um bloco de papel em formato semelhante a um maço de dinheiro usado para enganar as vítimas. A operação foi coordenada pelo delegado Eloi Fernandes, diretor da DECRIF. 

PRESO COM BLUSA DE POLICIAL CIVIL E OUTROS OBJETOS

Reginaldo foi enquadrado no crime de concussão, que é usar a função ou cargo de servidor público para cometer extorsão. Conforme o policial civil, já é a segunda vez que Reginaldo é preso pela DECRIF. Há cerca de três anos, ele foi preso, também por se passar por policial civil, para extorquir as vítimas. Somente na DECRIF, salienta o delegado, havia mais de cinco denúncias contra Reginaldo. Ele sempre age da mesma forma, segundo explica Fernandes. Cavalheiro consegue informações sobre pessoas que já foram presas anteriormente e que estão respondendo processo em liberdade. 

Assim, ele passava a ameaçar conduzir essas pessoas para a Delegacia e forjar um flagrante de tráfico de drogas contras as mesmas, caso não lhe pagassem um determinado valor exigido. Na denúncia que ensejou a prisão preventiva do acusado, feita no ano passado, a vítima foi extorquida em R$ 7 mil. Na denúncia, feita à Corregedoria, a vítima relata que, após sofrer ameaças e atos de violência, acabou marcando encontro para entregar a quantia em dinheiro. No local e hora marcados, a vítima, que já havia acionado a Corregedoria, encontrou-se com um mototaxista, que havia sido contratado para receber o pacote com o dinheiro. 

O mototaxista foi detido e fez o reconhecimento, por foto, do falso policial civil. A vítima também fez o reconhecimento por foto do acusado, que assim, teve sua preventiva solicitada à Justiça. De acordo com o delegado, desde outubro do ano passado, a DECRIF tentava prender Reginaldo. Na época, ele chegou a ser localizado, em um banco, no bairro do Comércio, mas conseguiu fugir. Ao delegado, o acusado afirmou que trabalha como detetive particular. Agora, na condição de preso, ele ficou de ser encaminhado ao Sistema Penitenciário para responder pelo crime na Justiça. O delegado orienta a outras vítimas que façam a denúncia na DECRIF, que atende 24 horas, no prédio da Delegacia-Geral da Polícia Civil, na Avenida Governador Magalhães Barata, 209, bairro de Nazaré.