POLÍCIA CIVIL PRENDE INTEGRANTES DE ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA EM XINGUARA

A Polícia Civil do município de Xinguara, sudeste paraense, prendeu parte de uma associação criminosa responsável por homicídos, cárcere privado, roubos e porte ilegal de armas de fogo, que agia na região. Pelo menos, 16 pessoas foram identificadas por envolvimento nos crimes. Seis delas já estão presas: Jeferson da Silva Conceição, conhecido por "Cauboy"; Marcos Fernandes do Carmo; Jessé de Jesus Pinto; Eloir Rosa da Silva, conhecido como "Carlão"; Antonio Souza de Miranda, de apelido "Toninho", e Erica dos Santos Velansuela. Outras oito pessoas estão com mandados de prisão decretados pela Justiça. Elas foram identificadas como Maicon Fernandes de Barros; Jaelson da Silva Conceição, conhecido como "Seu Gelson"; os irmãos Bruno e Edson Peres, conhecido como "Cupim"; um homem identificado como Wemerson, de apelido "Tucumã"; e outros identificados como "Brás", "Tonho" e "Zé Coelho" ou "Coelho". As investigações prosseguem para identificar outros envolvidos. 

Carlão, Jessé, Toninho e Erica, parte dos presos
QUATRO DOS SEIS PRESOS
As prisões foram realizadas, nos últimos dias, durante a operação denominada de "Lindoeste Caboclo". As investigações mostraram que a associação invadia fazendas e praticava roubos dentro das propriedades rurais. As ações eram praticadas pelos criminosos sempre armados com pistolas e revólveres. Segundo o delegado José Orimaldo Silva Farias, titular da Seccional de Xinguara, um dos indiciados, Jeferson da Silva Conceição, conhecido por "Cauboy", é apontado como líder do grupo que agia a serviço de fazendeiros da região. Além de serviços de pistolagem, os acusados praticavam assaltos e homicídios no sul do Estado. 

Durante as investigações, os policiais civis descobriram no telefone celular de Jeferson da Silva diversas fotos e vídeos de alguns integrantes da quadrilha com armamentos pesados, além de imagens dos criminosos no momento em que torturavam e atiravam em pessoas dentro de uma fazenda. Em um dos vídeos, Maicon Fernandes, um dos presos, afirma ter baleado um homem, identificado como Lourival Gonçalo de Sousa. A vítima aparece nas imagens sendo gravemente agredido e humilhado. Em uma das fotografias, outro indiciado - Vilmar da Cruz - aparece ao lado dos demais integrantes do grupo. Vaqueiro da fazenda onde as imagens foram feitas, ele declarou, em depoimento, que a propriedade pertence aos irmãos Edson e Bruno Peres, que moram no Estado de Tocantins. 

Bando aparece armado em foto
GRUPO ARMADO POSA EM FOTO
Em depoimento, Vilmar ressaltou que os indiciados Jeferson, Maicon, Jaelson, Jessé, Tucumã, Brás e Tonho foram contratados para trabalharem como pistoleiros da fazenda, a fim de expulsarem colonos (sem terras). Todos trabalhavam sob o comando de Jeferson, contratado por Eloir. As investigações mostram ainda que as contratações de pistoleiros ocorriam, na maioria das vezes, na cidade de Xinguara, sob coordenação de Eloir, que já esteve preso na cidade de São Félix do Xingu pela prática de crime de pistolagem em fazendas. Com base nas identificações dos envolvidos no crime, o delegado solicitou a decretação das prisões preventivas dos acusados à Comarca Judiciária de Xinguara. Após serem cumpridas as ordens de prisão, os integrantes da quadrilha foram interrogados. A Polícia Civil continua as investigações pois a quadrilha possui ramificações em outros municípios do Pará, como São Felix do Xingu e Tucumã.

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