SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA E REPRESENTANTES DE ENTIDADES DEBATEM APURAÇÃO DE MORTES
Na tarde desta quarta feira, (5), o secretário de Estado de Segurança e Defesa Social, Luiz Fernandes Rocha, representantes do Sistema Estadual de Segurança Pública, dos Direitos Humanos e do Conselho Nacional da Juventude, além de entidades dos bairros do Guamá e Terra Firme participaram de reunião na sede da Segup. Estiveram presentes ainda o secretário de Assistência Social, Heitor Pinheiro, e a representante do Comitê Gestor do Pro Paz, Izabela Jatene. O encontro tratou da investigação, solução e encaminhamento das questões em torno da série de mortes ocorridas na noite da última terça feira (4), em Belém.
Luiz Fernandes Rocha afirmou que todas as medidas policiais estão sendo tomadas e que a contribuição da sociedade é fundamental para o esclarecimento do caso e prevenção de atos de violência.
“O mais importante em casos de crimes dessa natureza, para que a gente consiga diminuir, ou seja, prevenir, é responsabilizando os autores. Então, precisamos da união de todos, da sociedade e do sistema de Justiça como um todo, para que a gente possa dar uma resposta efetiva e, aí sim, começar a diminuir cada vez mais essas ocorrências”, afirmou.
O evento também discutiu a melhor forma de o Estado acompanhar as famílias das vítimas. “Estamos com a representante do Pro Paz, a professora Izabela Jatene, e o secretário de Assistência Social, ou seja, o Estado também está garantindo a essas famílias toda essa assistência. O próprio secretário está aqui, presente, e vai fazer esse acompanhamento integral agora e o pós que, a gente sabe também, deixa muitas sequelas na família”, reiterou o secretário de Segurança.
A ouvidora do Sistema Estadual de Segurança Pública, Eliana Fonseca, disse que a discussão do caso e o encaminhamento para possíveis políticas públicas para juventude e famílias das vítimas foram algumas das pautas do encontro. “A reunião cumpriu o que a gente tinha planejado, trazendo as instituições para uma recepção positiva do secretário. Sempre trabalhamos dentro de um diálogo crítico propositivo para o bem estar da sociedade, para que ela se sinta realmente representada pelas propostas que discutimos juntos nas organizações de bairros”, frisou. Para Francisco Batista, membro da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de Belém e morador da Terra Firme, o diálogo da sociedade com os órgãos governamentais é indispensável. “Temos que nos apropriar daquilo que é nosso. Os instrumentos democráticos do estado democrático de direito devem ser apropriados pela população. Viemos aqui ouvir a versão oficial do Estado sobre as questões e também relatar aquilo que testemunhamos. Isso é importante para nós”, afirmou.
Daniele Santa Brígida, do Conselho Nacional da Juventude, disse que a reunião foi um avanço, com boas propostas para o avanço das investigações. “A sociedade civil, os vários movimentos sociais hoje se unem em torno desse problema que atinge a juventude negra, pobre e da periferia, e estamos fazendo uma mobilização nacional, dialogando, para pensar os próximos passos para essa agenda. Esse fato passa a ser uma prioridade dentro do conselho, dentro desse debate da juventude, contra a violência do estado de direito, contra a democracia e, principalmente, contra a juventude”, finalizou.
Comentários