POLÍCIA CIVIL DESMONTA ESQUEMA DE "HACKERS" PARA DESVIAR DINHEIRO DE CONTAS BANCÁRIAS EM REDENÇÃO

A Polícia Civil de Redenção, sudeste paraense, por meio do Núcleo de Apoio à Investigação e da Superintendência Regional do Araguaia, desarticulou, nesta quinta-feira, 7, uma associação criminosa que possuía ramificação no Estado de Goiás e invadia contas bancárias para realizar saques de altos valores. Dois envolvidos no esquema estão presos. O tocantinense Leandro Rodrigues dos Santos, de 31 anos, e o paraense Iuri Alves Ribeiro, ambos moradores em Redenção. Os demais suspeitos estão sendo investigados. As investigações mostram que o grupo atuava nos Estados do Goiás e Pará, nos quais contava com "hackers", pessoas especializadas em informática, que faziam as movimentações bancárias de contas bancárias de vítimas em diversos Estados brasileiros. Com os presos, diversos cartões bancários, um monitor e um computador foram apreendidos.

APREENSÕES E PRESO LEANDRO
Conforme o delegado Antônio Miranda, titular da Superintendência, a associação criminosa funciona da seguinte forma: um dos "hackers", localizado em Goiânia, mantinha contatos no Pará com os chamados "plaqueiros", ou seja, pessoas que adquiriam números e senhas de contas de diversas pessoas. Os dados das contas eram comprados dos donos das mesmas pelos "plaqueiros" que pagavam até R$ 600 por cada conta. Depois, os dados das contas eram repassados ao "hacker", que, por meio eletrônico, furtava diversos valores de outras contas bancárias no país. O dinheiro desviado era depositado nas contas adquiridas pelos "plaqueiros". Estes, de posse de cartões magnéticos, se dirigiam até uma agência ou terminal de auto atendimento bancário, onde sacavam das contas os valores na integralidade. Em seguida, depositavam 50% dos valores na conta do "hacker" de Goiânia e ficavam com a outra metade dos valores sacados. 

Segundo o delegado, as transações fraudulentas eram feitas com frequência diária. Leandro e Iuri foram presos em flagrante. No momento da chegada dos policiais civis, os dois faziam uma transferência bancária no valor R$ 11.600 em uma agência bancária, em Redenção. O delegado detalha que a associação criminosa não mantinha contato por meio telefônico para evitar ser localizada em uma operação policial. Todos os contatos entre os envolvidos no esquema eram feitos por meio da plataforma "Skype", programa usado para conversas por meio de uma câmera acoplada a um computador.

Assim, detalha o delegado, os criminosos usavam o grupo “Fullnet.org”, no qual, segundo o preso, há 306 membros. Todos seriam "hackers". Nascido em Cristalândia, em Tocantins, porém morador desde os dois anos de idade em Redenção, no Pará, Leandro admitiu que atua na prática criminosa na função de “plaqueiro” e que "trabalha" para diversos "hackers" no Pará e Goiás. O grupo, salientou o acusado, utilizava um perfil para fazer negociações com os demais envolvidos no crime. Ele afirmou ainda que está na associação criminosa há alguns meses. Os membros do grupo trocavam entre si contas bancárias pertences a dois bancos privados. Os envolvidos estão recolhidos à disposição da justiça. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

8 DE MARÇO: O DIA EM QUE A EURODANCE PERDEU UM DE SEUS GRANDES ARTISTAS

PROCURADO POR USO DE NOTAS FALSAS

HISTÓRIA MUSICAL - 3 DE FEVEREIRO E "O DIA EM QUE A MÚSICA MORREU"