PRESO ECONOMISTA ACUSADO DE APLICAR GOLPE DA BOLSA DE VALORES QUE TERIA LHE RENDIDO R$ 30 MILHÕES

A Polícia Civil prendeu, nesta sexta-feira, 14, em cumprimento a mandado de prisão preventiva, o economista Luís Carlos Maia Pinheiro Júnior, 44 anos, por crime de estelionato. Ele é acusado de ter aplicado um golpe que teria lhe rendido mais de R$ 30 milhões. Denominada de operação "Bovespa", a ação policial foi resultado de inquérito instaurado na DIOE para apurar as denúncias de que Luís Carlos estaria aplicando um golpe para atrair pessoas interessados em investir quantias em dinheiro em bolsa de valores imobiliários com promessa de rendimentos que variavam de 11% a 15%. 


A ordem de prisão foi expedida por representação do delegado Neyvaldo Silva, da Divisão de Investigações e Operações Especiais (DIOE), responsável pelas investigações. Além da prisão preventiva, a Justiça expediu mandado de busca e apreensão na casa do economista, no bairro do Reduto. No local, foram apreendidos computadores e outros materiais de trabalho que serão periciados e analisados. As suspeitas são de que, pelo menos, 100 pessoas foram vitimadas pelo acusado. 

Somente na DIOE, explica o delegado, 25 pessoas denunciaram Luís Carlos. Conforme o delegado, Luís Carlos abriu um escritório, em Belém, onde fazia investimentos na bolsa de valores. As investigações mostram que ele agia nessa prática desde 2004, até que, no início deste ano, sob alegação de que o escritório faliu, ele fechou o negócio, deixando no local apenas uma carta digitada alegando que iria reembolsar as pessoas, mas isso nunca aconteceu. 

O acusado chegou a ser ouvido na DIOE, durante o inquérito, por, pelo menos, duas vezes, nas quais o delegado solicitou que fossem apresentados os extratos que comprovavam o investimentos dos valores em dinheiro na bolsa de valores, mas, em momento algum, esses documentos foram apresentados pelo acusado, sob alegação de que somente iria apresentá-los na Justiça. Luís Carlos vai responder por crime de estelionato. Ele permanece preso à disposição da Justiça.

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