DIOE DESMONTA GOLPE DA VENDA DE ALVARÁS DE SOLTURA EM BELÉM

Três pessoas acusadas de envolvimento no golpe do falso alvará de soltura foram presas na manhã desta terça-feira, 14, em cumprimento a mandado de prisão preventiva. Policiais civis da Divisão de Investigações e Operações Especiais (DIOE) sob comando do delegado Rogério Morais conduziram à sede da unidade policial, no centro de Belém, Sandro Manoel Cunha Macedo, servidor do Núcleo de Execução Criminal (NEC), do Sistema Penitenciário do Pará; e o casal Maria Clara Lobato da Silva e Ronaldo Santos da Silva. Maria Clara é filha de Rosalina Lobato da Silva, funcionária da Vara de Execuções Penais do TJ do Pará. As investigações mostraram que Sandro é o responsável pelo esquema. Ele e Rosalina eram responsáveis em repassar informações privilegiadas sobre a vida prisionais de presos nos Centros de Recuperação Penitenciário do Pará I e II, no distrito de Americano em Santa Izabel, ao casal.

Alvará falsoAssim, Ronaldo e Maria Clara procuravam familiares de presidiários sob promessa de agilizar os alvarás de soltura dos presos junto à Justiça. Para tanto, eles cobravam quantias superiores a dez mil reais. Dez pessoas denunciaram o caso à DIOE que passou a investigar o golpe desde o início deste ano. Rosalina também está com ordem de prisão. Na casa do casal, um computador portátil foi apreendido. As prisões foram cumpridas na travessa Vileta e na Avenida Tamandaré, centro de Belém. De acordo com as denúncias, Maria Clara identificava-se ora como advogada ora como juíza para convencer as pessoas.

Junto com o marido, ela chegava a apresentar um alvará de soltura falso com nome e assinatura de um juiz de Araguaína no Tocantins para dar credibilidade ao golpe. “Falamos com o juiz que nos confirmou não ter expedido tal ordem de prisão e que a assinatura não é sua”, apurou o delegado Rogério Morais, da Delegacia de Ordem Administrativa (DOA), da DIOE. Durante a operação denominada “Laços de Família”, a Polícia Civil apurou que o golpe teria movimentado mais de R$ 100 mil ao grupo.

Rosalina também está com mandado de prisão decretado pela Justiça, mas não foi encontrada. Ela já responde a um PAD (Processo Administrativo Disciplinar) no TJ do Pará e está afastada das funções desde início do ano. Maria Clara foi transferida da DIOE ao Centro de Recuperação Feminino, em Ananindeua. Já Ronaldo e Sandro foram levados a uma unidade do Sistema Penitenciário do Pará para ficarem recolhidos à disposição da Justiça.

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