Acusado de ser um dos responsáveis pelas mortes de seis adolescentes, no último sábado, foi preso na noite desta sexta-feira, 25, em Belém, o ex-policial Rosivam Almeida de Moraes, 41 anos. Ele foi detido com uma pistola .40 enquanto estava em frente a sua casa, no distrito de Icoaraci, onde ocorreu o crime. Moraes já havia sido preso em 2008, sob acusação de liderar um grupo de extermínio que havia matado pelo menos 23 pessoas. Rosivam foi levado à Divisão de Homicídios para prestar depoimento.
A prisão foi possível por conta da expedição de mandado de prisão, já que não há mais flagrante das execuções. Ele foi autuado em flagrante pelo porte ilegal de arma de fogo de uso não permitido, uma vez que a arma de calibre .40 é de uso exclusivo de policiais. Na manhã de ontem, foi realizada a missa de sétimo dia em memória às vítimas. Antes, houve passeata pela paz, com cerca de 400 pessoas, entre amigos e parentes das vítimas.
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| ACUSADO PRESO: FOTO JORNAL AMAZÔNIA |
Rosivam foi cabo da Polícia Militar, até ser expulso da corporação, em 2005, sob acusação de ter praticado atos ilícitos. Três anos mais tarde, ele foi preso em uma grande operação, chamada de Navalha na Carne. Na ocasião, foram presas 23 pessoas - das quais 13 eram policiais. Eles eram apontados de coordenar um grupo de extermínio e de cometer outros crimes como cárcere privado, concussão (extorsão praticada por servidor público), tráfico de drogas e de armas, formação de quadrilha e roubo. O acusado ficou quase três anos preso preventivamente até ter acatado pela Justiça Estadual o pedido para responder o processo em liberdade. Rosivam estava sendo apontado por pessoas da área como o cabeça dos matadores e nele que recaiu a desconfiança geral. O acusado chegou esta semana a procurar uma emissora de televisão local para negar qualquer envolvimento no crime.
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| ROSIVAM PROCUROU IMPRENSA PARA SE DEFENDER |
Seis adolescentes, entre 12 e 17 anos - todos sem passagem pela polícia -, foram baleados no distrito de Icoaraci, a cerca de 20 quilômetros do centro de Belém. O crime foi por volta das 22h30 e teve testemunhas oculares. Elas contaram que a chacina foi autoria de dois homens de moto, que se identificaram como policiais. Eles enfileiraram os menores, de joelhos e com as mãos na cabeça, na calçada em frente a um órgão público, o Instituto de Assistência e Previdência do Município de Belém (Ipamb).
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