PRESO PREVENTIVAMENTE ACUSADO DE GOLPE EM CONSÓRCIO NA CAPITAL
A Polícia Civil cumpriu mandado judicial de prisão preventiva, nesta quarta-feira, 18, contra Sérgio Messala da Costa Haick, 37 anos, acusado de encabeçar o golpe do Consórcio Remaza Nova Terra. Ele é acusados dos crimes de estelionato e apropriação indébita de valores em dinheiro referentes a lances do consórcio para aquisição de veículos e imóveis. Haick foi preso por volta de 14 horas, após se apresentar acompanhado de um advogado na Seccional Urbana de São Braz, para saber como estava a situação do processo criminal. Ele teve a ordem de prisão expedida em 16 de dezembro do ano passado pelo juiz Pedro Sotero, da 1ª Vara de Inquéritos Policiais e Medidas Cautelares, do Tribunal de Justiça do Estado.
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De acordo com o delegado Neyvaldo Siva, diretor da Divisão de Investigações e Operações Especiais (DIOE), a ordem de prisão do acusado foi cumprida após tomar conhecimento da presença de Sérgio Haick na Seccional Urbana de São Braz. “Entramos em contato com o diretor da Seccional, delegado Rafael Bezerra, dando lhe ciência da ordem de prisão contra Sérgio Messala. De imediato, o delegado deu voz de prisão ao indiciado que foi conduzido, posteriormente, para a DIOE”, explicou. O preso ficará recolhido na Divisão temporariamente à disposição da Justiça. Nesta quinta-feira, às 15 horas, ele será ouvido em depoimento formal sobre as denúncias. O delegado Neyvaldo Silva está convocando as vítimas do golpe para comparecerem à Dioe nesta quinta-feira para prestarem informações sobre o fato. “Todas as informações apresentadas serão utilizadas para confrontar o depoimento a ser prestado pelo acusado”, disse o delegado.
Sérgio Messala é acusado de se apropriar de quantias em dinheiro, cujos valores estimados chegam a, no mínimo, R$ 1 milhão. Estima-se que o número de vítimas possa chegar a, no mínimo, 100 pessoas. Atuando como funcionário do Consórcio Remaza Nova Terra, com sede no bairro de São Braz, ele prometia a clientes agilizar o consórcio para aquisição de veículos e imóveis, em prazos de 30 até 60 dias, para contemplar a pessoa interessada no bem. Para tanto, conforme denunciantes, solicitava às pessoas que pagasse um valor a título de lance inicial no consórcio. “Algumas pessoas pagaram de R$ 10 mil até R$ 30 mil pelo bem. Depois, ao ser procurado, ele pedia às pessoas mais prazo, de 10, 20 dias, para contemplação até desaparecer com os valores”, disse.
Na época das denúncias, no final do primeiro semestre do ano passado, a própria gerência da empresa de consórcio registrou boletim de ocorrência na Seccional Urbana de São Braz sobre o caso. Ao todo, quatro inquéritos foram instaurados na Dioe. Outros quatro inquéritos policiais tramitam na Seccional Urbana de São Braz a respeito do golpe. No decorrer das investigações, informou o delegado Neyvaldo Silva, Sérgio Messala foi procurado em vários endereços, mas em nenhum dos locais foi encontrado. A jornalistas, ele alegou que apenas recebia ordens para receber os valores em dinheiro e citou nomes pessoas ligadas ao consórcio que estariam à frente do esquema criminoso. O delegado não descartou que outras pessoas ligadas à empresa sejam ouvidas quantas vezes forem necessárias para esclarecer os fatos.
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