ESTELIONATÁRIO É PRESO NOVAMENTE NA CAPITAL DO ESTADO
Os policiais da Delegacia de Repressão a Crimes Tecnológicos prenderam, ontem de manhã, Tiago Ferreira dos Santos, de 32 anos, acusado de aplicar golpes que extorquiram R$ 120 mil, nos últimos dois meses, de empresas que comercializam produtos de informática e eletrônicos. Segundo o delegado Felipe Pinheiro, Tiago mora no distrito de Mosqueiro. De casa ele fazia compras pela internet se fazendo passar por dono de empresas em situação regular. Ele já foi preso pelo mesmo tipo de crime em 2009. Segundo o delegado, Tiago recebia as mercadorias adquiridas ilicitamente em uma agência dos Correios de Mosqueiro e tornava os mesmos produtos lícitos ao comercializá-los na loja de informática dele, que fica no mesmo distrito. Tiago não pagava a conta e a dívida ia para as empresas. Firmas de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba caíram no golpe.
O delegado disse que o acusado fazia cadastros em firmas, normalmente por e-mail ou msn, a fim de se habilitar para as compras. E ele fazia as encomendas, normalmente gastando entre R$ 4 a 5 mil por operação. "Ele (Tiago) não dava o endereço dele (para as empresas que vendiam os produtos) para despistar", contou. Os policiais montaram campana em frente à agência dos correios, desde anteontem, para dar o flagrante no estelionatário. Ontem, ele foi até a agência apanhar a encomenda e, quando assinou o recebimento, foi dada a voz de prisão a ele. Na casa e na loja do acusado foram apreendidas notas fiscais de mercadorias adquiridas no golpe, além de produtos adquiridos no golpe, como impressora e uma grande quantidade de cartuchos de tinta. O delegado disse que Tiago também adquiriu computadores, amplificadores de som, televisores e notebooks.
Reincidente - Tiago foi preso pela primeira vez na operação Vampiro, em 2009. Pinheiro informou que, na época, o acusado usava o mesmo "modus operandi", causando um prejuízo maior, de R$ 300 mil. Ele respondia processo em liberdade provisória. Ontem, ele foi autuado pelos crimes de estelionato e falsidade ideológica e voltou para a prisão. Em depoimento, Tiago confessou o crime. O delegado disse que as notas fiscais encontradas na casa dele serão analisadas a fim de que sejam localizados os produtos adquiridos ilicitamente. Quem adquiriu esses produtos poderá responder a Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por receptação culposa de produto roubado, ou seja, quando não há intenção de realizar essa prática. "Ele vendia os produtos mais barato. Um cartucho de tinta de R$ 60 saía por R$ 22 ou R$ 30. Dá para o comprador desconfiar", justificou o delegado. (FONTE: JORNAL AMAZÔNIA - EDIÇÃO DE 17/03/12).
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