HOMICÍDIO É DESVENDADO EM MENOS DE 24 HORAS EM MONTE DOURADO
A equipe de policiais civis da Delegacia de Monte Dourado, em Almeirim, noroeste do Pará, desvendou em menos de 24 horas um crime de homicídio registrado na localidade de Vila Munguba. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira, dia 4. O crime se registrou no dia 1º por volta de 3h30 da madrugada. A vítima foi Rosivane Pinheiro dos Reis, de 18 anos, residente em Vitória do Jarí, no Estado do Amapá, na fronteira com o Pará. O autor do crime é Paulo César da Silva Conceição, de apelido “Paulo Gogó”, 26 anos, que mora em Vila Munguba. Ele já está preso para responder pelo homicídio. A Polícia Civil foi comunicada por moradores de que um cadáver de mulher havia sido encontrado na mata próximo a uma lagoa naquela localidade, distante a 30 quilômetros da sede de Monte Dourado. Logo, a equipe de investigadores deslocou-se à região ao local. Vestida apenas de roupas íntimas, a mulher estava jogada na mata. As roupas dela estavam há alguns metros do corpo.
"PAULO GOGÓ" |
Os policiais encontraram um cadarço de sapato há alguns metros da vítima. Ainda, durante o levantamento, os investigadores notaram que o pescoço da vítima tinha hematomas. O corpo foi removido ao hospital de Monte Dourado para ser submetido a exame necroscópico. A causa da morte foi enforcamento por asfixia. A equipe da Polícia Civil composta pelos investigadores Nazareno Gomes, Emerson Borges e escrivão Cristovam foi àquela localidade para coletar informações de moradores. Durante sa investigações, os policiais apuraram que a vítima foi vista, pela última vez, em companhia de dois homens, um deles identificado como “Paulo Gogó”. O acusado foi localizado em sua residência e levado para a Delegacia.
Em interrogatório, ele negou participação no homicídio, contudo, no decorrer da investigação, os policiais civis visualizaram vários arranhões nos braços e no peito do acusado. Questionado, ele acabou por confessar o crime contando detalhes de como a mulher foi morta. Ele relatou que, após uma festa que ocorria naquela comunidade, foi convidado por Rosivane e por outro colega para consumir entorpecentes. Segundo ele, os três entraram na mata, onde ficaram juntos por alguns instantes. Depois, o colega da vítima foi embora do local deixando apenas o acusado e Rosivane que consumiam pasta de cocaína. Em determinado momento, segundo alegou o acusado, a vítima passou a ficar agressiva e passou a desferir tapas no rosto do acusado. Paulo César relatou que revidou às agressões com um soco no rosto da mulher. Com a agressão, a vítima caiu no chão, mas se levantou e partiu para agredi-lo.
Segundo o acusado, para não ser agredido, ele passou a engasgá-la. Depois, com um cadarço do sapato, Paulo passou a estrangular a mulher que desfaleceu. O acusado contou no depoimento que achava que ela estava somente desmaiada e, assim, foi embora para casa, deixando a vítima no local. Ele contou que foi dormir em casa e ao amanhecer tomou conhecimento da morte da mulher, mas não falou nada a ninguém, pois imaginava que a Polícia não iria conseguir desvendar o crime. Contudo, acabou surpreendido pelos policiais em sua casa. Paulo César negou ter abusado sexualmente da vítima, mas a equipe policial vai aguardar o resultado do laudo de conjunção carnal para saber se houve abuso. Ele foi autuado em flagrante por homicidio qualificado pelo delegado Thomaz Lesbaupin, titular da Delegacia de Monte Dourado, e ficará recolhido na cadeia pública local no aguardo de transferência a uma casa penal do Estado. "Paulo Gogó" já responde a outros processos criminais pelos crimes de roubo e homicídios, ambos os crimes cometidos no Estado do Amapá.
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