A Operação "Sucata Legal" deslanchada, nesta quinta-feira, 13, pelo Sistema de Segurança Pública do Pará, fiscalizou 14 estabelecimentos, como sucatarias, depósitos e lojas de venda de peças novas e usadas, no perímetro da Avenida Pedro Miranda, entre a Avenida Doutor Freitas e a Travessa Alferes Costa, no bairro da Pedreira, em Belém. Do total, três locais tiveram as atividades encerradas devido à constatação da venda de produtos de origem ilegal. Duas pessoas foram presas em flagrante pelo crime de receptação qualificada. Quatro caminhões ficaram lotados de peças e acessórios de veículos apreendidas com numeração de série raspada ou sem origem comprovada por meio de nota-fiscal.
Este foi o balanço da operação apresentado, no final da tarde, durante entrevista coletiva a jornalistas, na sede da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO).
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PEÇAS APREENDIDAS |
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ESTABELECIMENTO É FECHADO |
As informações foram prestadas pelo secretário adjunto de Inteligência e Análise Criminal, Antônio Farias, da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social; pelo diretor de Polícia Especializada, João Bosco Rodrigues; pela delegada Flávia Leal, da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores; pelo perito criminal Rildo Moraes, do Centro de Perícias Científicas "Renato Chaves"; pelo major Luiz Rayol, subcomandante do Comando de Missões Especiais (CME), da PM; e por Célio Caldas, da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa).
Segundo o delegado João Bosco, a avaliação da operação foi bastante positiva. "Esta foi apenas a primeira parte da operação que terá continuidade", detalhou. Ele ressaltou que, nesse primeiro momento, a ação polical priorizou os pontos comerciais na área da Avenida Pedro Miranda. Os produtos apreendidos foram encaminhados para o depósito da Sefa, enquanto que algumas peças, cuja perícia constatou no local da operação as irregularidades, foram levadas para a DRCO para lavratura dos procedimentos policiais.
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POLICIAIS CIVIS ANALISAM VEÍCULO DESMONTADO |
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LOJA É FECHADA NA OPERAÇÃO |
Os donos de dois dos três estabelecimentos lacrados foram presos em flagrante. Trata-se dos comerciantes Hugo Cardoso Barbosa Caracol e Edilberto Carlos de Oliveira. No outro local, o dono fugiu, mas será indiciado em inquérito para responder pelo crime de receptação.
De acordo com o representante da Sefa, em apenas um dos estabelecimentos foi constatada a ausência de inscrição estadual, procedimento básico e obrigatório para abertura do ponto comercial. Nos demais locais, houve a apreensão de documentos para posterior checagem junto à Secretaria. Segundo o delegado Bosco, em muitos pontos comerciais ocorre uma sucessão de crimes. "Os furtos e roubos de veículos ajudam a abastecer o mercado ilegal de venda de peças e acessórios de veículos irregulares", detalha.
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