LIBERADOS CORPOS DE VÍTIMAS DE ACIDENTE AÉREO NO PARÁ
O Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves” já identificou, pelo exame de DNA, os corpos das 10 vítimas do acidente com o avião bimotor prefixo PT-VAQ, modelo 821-Carajás, que caiu na noite do último dia 12 de março, em Monte Dourado, distrito de Almeirim (oeste do Pará).
A liberação dos corpos ocorreu no final da manhã desta quarta-feira (27), e não houve necessidade da presença dos familiares para os procedimentos legais. Eles foram recebidos por representantes da companhia de táxi aéreo Fretax, e assinaram as Declarações de Óbito e guias de traslado, exigidos para o transporte aéreo dos corpos.
As análises do DNA, iniciadas assim que as vítimas chegaram ao Instituto Médico Legal (IML), foram concluídas em 15 dias, tempo considerado recorde pela Perícia Oficial do Pará.
ENTREVISTA COLETIVA |
Inicialmente, havia a expectativa de o trabalho ser complexo, devido às condições dos corpos carbonizados.
Em 14 de março, dois dias após o acidente, os familiares das vítimas e representantes da empresa Cesbe Engenharia e Empreendimentos e da companhia Fretax foram recebidos pelo diretor geral do CPC Renato Chaves, Orlando Salgado, e orientados acerca dos procedimentos de identificação e posterior coleta de material para o cruzamento de dados de DNA (grau de parentesco).
Na ocasião, profissionais do laboratório retiraram saliva dos parentes para análise.
O material foi periciado por profissionais do Laboratório de Estudos Físicos Químicos e Biológicos (EFQB) do CPC, na ala onde funciona o setor direcionado às perícias de DNA. Após identificar o perfil genético das vítimas e dos familiares, os peritos criminais confrontaram as informações e fizeram os laudos.
Uma equipe de liberação de corpos providenciou o preenchimento da documentação específica para a liberação dos cadáveres à empresa, que fará a entrega aos parentes.
Perícia - Os trabalhos do CPC foram iniciados logo após o acidente, com o deslocamento de uma equipe, composta por peritos criminais e auxiliares de remoção. No dia seguinte, profissionais do Instituto de Criminalística (IC) e do IML se reuniram na sala de necropsia para realizar a seleção e coleta de material biológico, que pudesse servir à pesquisa de DNA. Participaram do trabalho três médicos legistas, três peritos criminais do laboratório, dois peritos criminais da área de Odontologia e auxiliares técnicos de perícia.
Em entrevista à imprensa, Orlando Salgado, ressaltou que os familiares precisariam ter paciência para que as análises fossem concluídas com 100% de segurança. “Reunimos as famílias antes das coletas para esclarecer as reais condições dos corpos. O acidente foi de proporções gigantescas, e os corpos foram encontrados em alto grau de carbonização, e isso dificultou nosso trabalho”, explicou o diretor.
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