PARÁ FORMA TURMA DO PRIMEIRO CURSO DE OPERAÇÕES FLUVIAIS DO BRASIL
A segurança nos rios paraenses ganhou um grande reforço na manhã desta quarta-feira (17) com a formação da primeira turma do Curso de Operações Fluviais, que contou com a participação de 30 alunos, entre policiais militares, agentes federais, guardas municipais, bombeiros militares e fuzileiros navais. O curso, ministrado pela Companhia Fluvial da Polícia Militar do Pará, pertencente ao Grupamento Fluvial Integrado de Segurança Pública (GFlu), é o primeiro realizado no Brasil voltado especificamente para a segurança nos rios. Foram 319 horas/aula, ministradas durante 30 dias de aulas técnicas e práticas sobre temas como direitos humanos, planejamento de operações fluviais, combate ao narcotráfico, patrulhamento fluvial, operações aerotransportados e pilotagem de embarcações, com a parceria da Capitania dos Portos, entre outras instituições.
LUIZ FERNANDES ENTREGA CERTIFICADO |
Para o capitão Kleverton Firmino, coordenador do Curso de Operações Fluviais, o treinamento é importante tanto para elevar o nível técnico dos policiais, quanto para unificar a linguagem e a abordagem das forças de segurança durante as operações nos rios. “Cada unidade tem suas especificidades de atuação, mas todos precisam falar a mesma linguagem durante as operações. Esse curso cria uma doutrina única de abordagem e corrobora as ações integradas do Sistema de Segurança Pública em nosso Estado”, afirmou o capitão.
Investimento - Durante a cerimônia de formatura, que aconteceu na sede do GFlu, Luiz Fernandes Rocha, secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, agradeceu a parceria com a Polícia Federal, a Marinha do Brasil e as Guardas Municipais de Belém e Ananindeua, e destacou que o principal investimento do governo do Estado na área de segurança pública é na qualificação dos profissionais. “O governo tem investido na melhoria das condições de trabalho e vem melhorando gradativamente os salários dos agentes de segurança pública. Mas o que eu gostaria de chamar a atenção é para a qualificação dos nossos profissionais, para a valorização do servidor público. Esse curso vai continuar formando mais profissionais, porque essa é uma decisão de governo integrada, em que tanto os equipamentos quanto as instituições são para promover a segurança do Estado como um todo”, frisou o secretário.
O titular da Segup também elogiou a dedicação dos profissionais e parabenizou a equipe de trabalho. “Eu sei que a grande maioria dos nossos policiais é tão dedicada ao trabalho como os alunos que se formam hoje. Nossos policiais atuam tanto na segurança do cidadão quanto no resgate de vítimas e, apesar de muitas vezes serem alvos de injustiça por parte da opinião pública, tenho certeza que continuarão trabalhando com a mesma dedicação”, afirmou Luiz Fernandes.
Experiência - O tenente PM Richard Costa, da Rotam, foi o primeiro colocado no curso. Para ele, a experiência foi gratificante. “Esse curso foi uma atividade ímpar, não apenas por ter sido o primeiro específico para as operações fluviais, mas porque a gente teve a oportunidade de atuar em diversas frentes e entender o funcionamento de todas as forças de segurança que atuam nessa área. O Estado só tem a ganhar com essa troca de experiência”, ressaltou o tenente.
O fuzileiro naval Bruno Fonseca, outro participante do curso, disse que, mesmo com vasta experiência em operações na água, não tinha nenhuma experiência em abordagem de operações, habilidade que desenvolveu durante a qualificação. “A vivência das Forças Armadas é praticamente dentro do quartel, em preparação para uma possível guerra. Para os policiais a guerra é todo o dia, nas ruas. A gente aprendeu muito sobre o dia a dia das diversas corporações e, com isso, desenvolvemos não apenas maior respeito pelo trabalho das polícias, como conseguimos compartilhar experiências para colocá-las em prática em prol da segurança da população”, afirmou Bruno Fonseca.
Durante o curso, os alunos participaram de operações policiais nas embarcações do GFlu, realizando patrulhamento nos rios. Em uma das patrulhas foram presos em flagrante cinco homens, e com eles apreendidas quatro armas de fogo, sendo duas espingardas de calibre 12 e outras duas de calibres 16 e 20. O grupo foi autuado por porte ilegal de arma na Delegacia de Cachoeira do Arari, no Arquipélago do Marajó.
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