POLÍCIA CIVIL LOCALIZA MAIS DE 90% DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DESAPARECIDOS

A Polícia Civil, por meio do Serviço de Identificação e Localização de Crianças e Adolescentes Desaparecidos (Silcade), divulgou, nesta terça-feira, 21, dados sobre desaparecimentos de crianças e adolescentes, na Região Metropolitana de Belém. Os números revelam que, em média, 90% dos jovens desaparecidos já foram localizados. A informação do Silcade é alusiva ao Dia Internacional das Crianças Desaparecidas que será celebrado no próximo sábado, 25 de maio. De acordo com o investigador Edivaldo Alves do Carmo, coordenador do Serviço, localizado na Divisão de Atendimento ao Adolescente (DATA), em Belém, a maioria dos casos de desaparecimento de jovens é resultado de fugas do lar motivadas por conflitos com os familiares. “Há a falta de contato na família. Os pais precisam ter mais conversa com os filhos”, destaca. 

DESAPARECIDOS

O Silcade concentra os registros de boletins de ocorrência de desaparecimentos de crianças e adolescentes. No ano passado, foram registradas 679 ocorrências de desaparecimentos de crianças e adolescentes. Destes, apenas três jovens permanecem desaparecidos. De janeiro até maio deste ano, os casos de desaparecimento de crianças e adolescentes já somam 280 registros de boletins de ocorrência. Do total, 261 já foram localizados, restando portanto 19 desaparecidos. A maioria dos casos de desaparecimento é de crianças ou adolescentes femininos, que correspondem a mais de 70% das ocorrências registradas na DATA, unidade vinculada à Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAV), da Polícia Civil. 

Conforme Edivaldo do Carmo, o índice superior a 90% de localização de jovens é resultado, em grande parte, pela rapidez na comunicação do desaparecimento e pela divulgação da foto do jovem, por meio da imprensa e internet. “Por isso, é fundamental que os pais, ao registrar o boletim de ocorrência do desaparecimento, nos tragam uma foto mais recente possível do jovem, para que possamos trabalhar a divulgação da imagem”, explica, ao ressaltar que os pais não devem esperar 24 horas para fazer o registro do Boletim de Ocorrência. “O registro pode ser feito em qualquer Delegacia de Polícia imediatamente após o desaparecimento”, enfatiza. 

Atualmente, o Silcade conta com parcerias para divulgar fotos de desaparecidos mediante autorização dos pais. Além do apoio da imprensa, destaca Carmo, a Junta Comercial do Pará (Jucepa), por meio de seu jornal instituicional, tem divulgado fotos de desaparecidos. Outra parceria é com a Cooperativa de Táxis da Praça Eneida de Moraes (Cotapem), que circula com fotos de desaparecidos em mais de 100 veículos que circulam na capital e interior. Em breve, destaca o investigador, a expectativa é de que as fotos sejam divulgadas em locais públicos de Belém, por meio de telões. 

O coordenador destaca ainda a divulgação feita por meio da página do Silcade na internet, por meio do Facebook, e do site institucional da DATA (data.policiacivil.pa.gov.br). O Silcade fica nos altos do Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente, na Rua dos Caripunas, entre Avenida Roberto Camelier e Rua Tupinambás, bairro do Jurunas. O serviço funciona de segunda à sexta-feira, em horário comercial. O telefone é o (91) 3272-0779. O e-mail do serviço é silcade@policiacivil.pa.gov.br. Informações sobre paradeiro de desaparecidos podem ser repassados também ao Disque-Denúncia, fone 181, que atende 24 horas.