PRESO FAZENDEIRO APONTADO COMO MANDANTE DA MORTE DE PERSONAL TRAINER EM XINGUARA

A Polícia Civil transferiu, no final de semana, da sede da Superintendência Regional do Araguaia Paraense para o Presídio Regional em Redenção, sul do Pará, o empresário e fazendeiro Carlos José Campos Solto, 46 anos. Ele foi preso por ordem judicial, no último dia 24, na cidade de Xinguara, após ser indiciado em inquérito policial sob acusação de mandar matar o personal trainer (treinador pessoal), Thalys Silva Santana (28). O preso, que atua no ramo de compra e venda de gado, foi localizado por uma equipe de policiais civis da Superintendência e da Delegacia de Conflitos Agrários de Redenção, sob comando do delegado Antônio Miranda, no momento em que abria o estabelecimento de sua propriedade. 

Presos: Carlos José Solto e Cícero Nascimento
EMPRESÁRIO PRESO. AO LADO, CÍCERO NASCIMENTO QUE CONFESSOU CRIME
Além da ordem de prisão, a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão no escritório e na casa do acusado. Foram apreendidos um computador e 24 munições de escopeta calibre 12. As ordens judiciais foram expedidas pelo juiz de Xinguara, José Edmilson. Carlos Solto foi recolhido inicialmente na sede da Superintendência Regional da Polícia Civil, em Redenção, até ser transferido ao presídio. Outro indiciado por envolvimento direto no crime já está preso. Trata-se de Cícero Cardoso Nascimento apontado como um dos executores da vítima. O outro acusado de participação no crime, identificado como José Carlos, está foragido. 

As investigações mostraram que o empresário e fazendeiro premeditou o homicídio, que teve motivações passionais, já que Carlos Solto descobriu que a esposa mantinha envolvimento amoroso com o professor de academia. O homicídio registrou-se no último dia 11. Conforme Antônio Miranda, o pedido de prisão contra Carlos Solto foi solicitado à Justiça com base nas provas periciais e em depoimentos que revelaram o envolvimento amoroso da vítima com a mulher do acusado, o que levou ao crime. Entre as provas, cita o delegado, estão arquivos de telefonemas e mensagens de texto encontrados no telefone celular da vítima. 

A partir do levantamento feito no aparelho, disse o policial civil, ficou comprovado que a razão para o crime foi a traição. Thalys Santana era personal trainer da esposa do empresário, que é dono de uma fazenda em Xinguara. As investigações mostraram ainda que, a pedido da amante, Thalys Santana estaria andando armado com uma pistola calibre ponto 40 para se defender, pois a mulher havia tomado conhecimento de que um homem estranho andava à procura do professor. "Ele vinha sendo avisado pela própria amante que corria risco de morrer por conta do relacionamento proibido", detalha o delegado. Um mês antes do crime, o empresário flagrou a mulher junto com o amante dentro da própria casa. 

No depoimento dado à Polícia Civil, durante o inquérito, a mulher confessou que era amante de Thalys. As investigações mostram que Carlos Solto planejou o assassinato. "Ele contratou José Carlos, que, por sua vez, contratou Cícero", detalha. Ainda, segundo o policial civil, foi Cícero o autor dos disparos contra a vítima. "Cícero foi preso no mesmo dia do crime durante ação conjunta da Superintendência Regional do Araguaia Paraense e da Polícia Militar em Redenção", explica. Ao ser preso, Cícero estava com um revólver calibre 38 com munição, que foi a arma de fogo usada no homicídio. Em depoimento, ele confessou a autoria do crime. Já o empresário nega envolvimento no homicídio.

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